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quinta-feira, 28 de novembro de 2013
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
ELISEU FAZ FLUTUAR O FERRO DE UM MACHADO (2 REIS 6:1-7)
Eliseu faz
flutuar o ferro de um machado
ELISEU FAZ
FLUTUAR O FERRO DE UM MACHADO (2 REIS 6:1-7)
"E
sucedeu que, derribando um deles uma viga, o ferro caiu na água, e clamou e
disse: Ai! Meu senhor! Porque era emprestado". (2 Reis 6:5)
O sucessor de
Elias é colocado novamente diante de uma inusitada situação. Eliseu vai até o
Jordão com os filhos dos profetas para pegar as "vigas" (toras de
madeira para construções), e no cortar destas madeiras um deles deixa cair o
ferro do machado no rio, causando uma não pequena preocupação, pelo fato de ser
emprestado. E Eliseu, lançando uma madeira, fez nadar o ferro. O problema foi
solucionado. Que lição nos passa este evento registrado pelas Escrituras?
"E
disseram os filhos dos profetas a Eliseu: Eis que o lugar em
que habitamos
diante da tua face nos é estreito". (6:1)
Os filhos dos
profetas tinham a visão e a preocupação nas melhorias para o povo. O objetivo
de "crescer" move a obra de Deus. Não se atua no Reino apenas porque
outros o fazem, nem por ser uma mera obrigação, mas porque o crescimento da
igreja é um fator relevante. "A igreja...crescia em número". (Atos
9:31)
"Vamos,
pois, até ao Jordão". (6:2)
A iniciativa
estava intrinsecamente ligada a vontade de trabalhar. Não basta ficar esperando
a idéia se confirmar através de opiniões diversas, mas fazer acontecer! Quem
fica a esperar pelos outros não tem um desejo profundo pela obra.
("Vamos") A unidade também era um baluarte na vitória.
"E disse
ele: ide". (6:2b)
O aval de
Eliseu libera os filhos dos profetas a cumprirem o propósito a qual foram
inspirados. Eliseu não se deixa ser levado por nenhum sentimento de ciúme ou
inveja, classificando a obra somente para os "mais velhos". Longe de
todo tipo de preconceito ou complexo, Eliseu declara o "ide" que mais
tarde Jesus viria comissionar todos os seus discípulos: "Ide por todo
mundo". (Marcos 16:15)
"E disse
um: Serve-te de ires com os teus servos. E disse: Eu irei". (6:3)
Os filhos dos
profetas reconheciam a experiência de Eliseu, razão de convidá-lo a ir.
Respeitava-o, não somente por ele ser um profeta, mas por Eliseu ser um homem
veterano na obra, e um exemplar homem de Deus. O respeito e admiração ele
conquistou não por ser o "mais velho", mas por sua sincera dedicação
na causa do Reino. "Sou mais prudente que os velhos, porque guardo os teus
preceitos". (Salmo 119:100)
"Ai! Meu
senhor! Porque era emprestado". (6:5)
Os nossos
dons são como ferramentas de trabalho, que nos são emprestados para o
crescimento da obra de Deus. É preciso sempre vigilância e oração na seara. Um
descuido e a queda é fatal. Na parábola dos Dez Talentos (Mateus 25:14-30) a
condenação veio para quem "enterrou", ou seja, descuidou, não usou,
ou usou de forma errada, de maneira que não produziu crescimento. O uso dos
talentos tem que ser feito com muito cuidado. Nem devagar demais, nem forte
demais, para que o "ferro do machado" não caia. Muitos usam de
violência, pensando que assim irão obter respeito. O uso da força, sem
sabedoria, pode destruir uma ferramenta. Trabalhando corretamente, usa-se menos
força, e o resultado é sempre positivo. "Apascentai o rebanho de Deus, que
está entre vós, não por força, mas espontaneamente segundo a vontade de Deus;
nem por torpe ganância, mas de boa vontade. Nem como dominadores sobre os que
vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho". (1 Pedro 5:2,3)
"E disse
o homem de Deus: Onde caiu?" (6:6)
Mesmo com
todos os nossos defeitos, erros, falhas, mesmo que um de nós venha a cair,
tropeçar, o Senhor da Ceifa quer nos devolver a ferramenta, e continuarmos a
trabalhar. Ele quer que você confesse onde foi a sua queda, onde foi que você
parou, e lhe devolver os dons, e assim continuar a desenvolver seus talentos.
Busque de novo. Ore de novo.
"Então,
ele estendeu a sua mão e o tomou". (6:7)
Agora só
depende de você! Basta apenas que você busque. O Senhor Jesus, o autor da nossa
redenção, já estendeu a madeira da cruz para reerguer a sua vida, para reerguer
os seus dons novamente, e você voltar a ativa, com o mesmo potencial de antes,
ou até maior. Há pessoas que citam frases conhecidas do tipo: "Quem caiu
(pecou) nunca mais é o mesmo". Isso é mentira!!! Quando o filho pródigo
retornou a casa a festa foi maior. (Lucas 15:11-32) Os maiores homens de Deus,
registrados na Bíblia, caíram, pecaram, mataram, se arrependeram, caíram de
novo, se arrependeram de novo, e foram usados poderosamente por Deus. Isso não
é uma liberação para pecar a vontade, mas nos mostra que um arrependimento
sincero traz o real perdão. Não devemos pecar nunca! Mas se pecarmos, temos
junto ao Pai um advogado: Jesus Cristo. (1 João 2:1)
"Porque
onde abundou o pecado, superabundou a graça de Deus". (Romanos 5:20)
Vulgata Latina - Matheus CP 2
2:1 cum ergo natus esset Iesus in Bethleem
Iudaeae in diebus Herodis regis ecce magi ab oriente venerunt Hierosolymam 2:2
dicentes ubi est qui natus est rex Iudaeorum vidimus enim stellam eius in
oriente et venimus adorare eum 2:3 audiens autem Herodes rex turbatus est et
omnis Hierosolyma cum illo 2:4 et congregans omnes principes sacerdotum et
scribas populi sciscitabatur ab eis ubi Christus nasceretur 2:5 at illi dixerunt
ei in Bethleem Iudaeae sic enim scriptum est per prophetam 2:6 et tu Bethleem
terra Iuda nequaquam minima es in principibus Iuda ex te enim exiet dux qui
reget populum meum Israhel 2:7 tunc Herodes clam vocatis magis diligenter
didicit ab eis tempus stellae quae apparuit eis 2:8 et mittens illos in
Bethleem dixit ite et interrogate diligenter de puero et cum inveneritis
renuntiate mihi ut et ego veniens adorem eum 2:9 qui cum audissent regem
abierunt et ecce stella quam viderant in oriente antecedebat eos usque dum
veniens staret supra ubi erat puer 2:10 videntes autem stellam gavisi sunt
gaudio magno valde 2:11 et intrantes domum invenerunt puerum cum Maria matre
eius et procidentes adoraverunt eum et apertis thesauris suis obtulerunt ei
munera aurum tus et murram 2:12 et responso accepto in somnis ne redirent ad
Herodem per aliam viam reversi sunt in regionem suam 2:13 qui cum recessissent
ecce angelus Domini apparuit in somnis Ioseph dicens surge et accipe puerum et
matrem eius et fuge in Aegyptum et esto ibi usque dum dicam tibi futurum est
enim ut Herodes quaerat puerum ad perdendum eum 2:14 qui consurgens accepit
puerum et matrem eius nocte et recessit in Aegyptum 2:15 et erat ibi usque ad
obitum Herodis ut adimpleretur quod dictum est a Domino per prophetam dicentem
ex Aegypto vocavi filium meum 2:16 tunc Herodes videns quoniam inlusus esset a
magis iratus est valde et mittens occidit omnes pueros qui erant in Bethleem et
in omnibus finibus eius a bimatu et infra secundum tempus quod exquisierat a magis
2:17 tunc adimpletum est quod dictum est per Hieremiam prophetam dicentem 2:18
vox in Rama audita est ploratus et ululatus multus Rachel plorans filios suos
et noluit consolari quia non sunt 2:19 defuncto autem Herode ecce apparuit
angelus Domini in somnis Ioseph in Aegypto 2:20 dicens surge et accipe puerum
et matrem eius et vade in terram Israhel defuncti sunt enim qui quaerebant
animam pueri 2:21 qui surgens accepit puerum et matrem eius et venit in terram
Israhel 2:22 audiens autem quod Archelaus regnaret in Iudaea pro Herode patre
suo timuit illo ire et admonitus in somnis secessit in partes Galilaeae 2:23 et
veniens habitavit in civitate quae vocatur Nazareth ut adimpleretur quod dictum
est per prophetas quoniam Nazareus vocabitu
terça-feira, 12 de novembro de 2013
Jonas, o profeta missionário Jonas 4: 1-11
Jonas,
o profeta missionário
Jonas 4: 1-11
o profeta missionário
Jonas 4: 1-11
Ao estudar o livro de Jonas,
percebemos que fora escrito com o propósito de lembrar o alto valor da pregação
missionária. Deus não quer que ninguém se perca, mas deseja que todos venham ao
arrependimento, II Pd 3: 9.
O nome Jonas significa “pomba”. Nasceu
em Gate-Hefer, perto de Nazaré. Portanto, Jonas era galileu, bem com minúcias,
procurando a glória de Deus e não a sua. Seu livro difere consideravelmente dos
outros livros proféticos do A.T., visto que é inteiramente composto de
narrativa.
Jonas foi chamado para pregar a
Palavra de Deus em Nínive. Mas, a princípio fugiu. A fuga de Jonas não é
diferente da atitude de muitos hoje. Israel tinha se afastado muito de seu
chamado missionário original, pois deveria estar sendo uma luz de redenção para
os povos, Gn 12: 1-3; Is 49: 6. Este livro é um sério apelo para a ação
evangelística e missionária da Igreja, que foi chamada para proclamar a
palavra.
I - O MUNDO CLAMA POR PROFETAS, 1: 1-2: 10
Nossa cidade, nosso país e o mundo
clamam por pessoas que estejam dispostas a anunciar a Palavra e Deus quer
levantar pregadores. Foi isso que ocorreu com Jonas.
a) O chamado - 1: 1-2 - O livro começa com um veemente chamado
a Jonas e uma clara ordem para levar a Palavra à cidade de Nínive:
“Levanta-te”. Nínive era uma grande cidade, capital da Assíria, às margens do
rio Tigre, com uma população de mais de 120 mil pessoas, Jn 4: 11, conhecida
pela sua corrupção, 1: 2.
O que desagradou o Deus de toda terra
foi a “malícia que subiu” até Ele, 1: 2. Essa maldade incluía a idolatria e a extrema
brutalidade contra prisioneiros de guerra além de forte imoralidade.
b) Um
missionário desobediente, 1: 3 -
Desobedecendo ao chamado, em vez de ir a Nínive, Jonas fugiu em direção a
Társis. Como pode um homem imaginar poder escapulir dos planos do Senhor que
tudo vê? Hb 4: 13.
c) Conseqüências da desobediência, 1:
4-17 - Obviamente a
atitude de Jonas não ficaria sem retribuição:
Causou pavor e desespero aos marinheiros, 1: 4-11; provocou uma situação
suicida, 1: 12-16; e ainda produziu o estranho acontecimento do grande peixe,
1: 17.
d) O clamor durante a calamidade, 2:
1-9 - A eficácia da
oração tem sido comprovada nas mais diversas situações e Deus tem respondido a
homens e mulheres que têm clamado dos mais variados lugares na face da terra,
mesmo dentro do “ventre de um peixe”’, 2:
1. Deus miraculosamente manteve Jonas vivo por três dias no estômago do
peixe. Por ser um fato verídico Jesus, usou o incidente do peixe que engoliu Jonas
para ilustrar sua própria morte, sepultamento e ressurreição, Mt 12: 39-41.
e) O arrependimento de Jonas, 2: 10 - Jonas viu que estava fazendo tudo
errado, v. 9. Arrependeu-se, percebeu que agia como um idólatra (ou ateu) e
retomou o caminho da obediência, I Sm 15:
23.
II
- UM MUNDO CLAMANDO POR MISSÕES
A segunda parte do livro mostra um
novo Jonas, arrependido e disposto a cumprir o mandado missionário.
a) O novo chamado, 3: 1-2 - Pela segunda vez o Senhor diz a Jonas
“levanta-te”. Ele estava na praia, por certo ainda meio confuso com tudo que
ocorrera, mas percebendo que não adianta fugir da obrigação de entregar
mensagens duras. Os pregadores do
b) Evangelho são semelhantemente
convocados a proclamar todo o conselho de Deus, At 20: 27; II Tm 4: 2. Devem pregar tanto a misericórdia quanto a
ira de Deus; ou seja, o perdão e a condenação. Devem pregar de tal forma que as
pessoas se voltem de seus pecados.
c) b) O missionário obediente, 3: 3-4 - Nínive era importante por abrigar
mais de 120 mil almas; essa era a preocupação e o seu valor para Deus, 4: 11. A
submissão de Jonas pode ser vista por expressões significativas, tais como:
“Levantou-se, ... e foi” , 3: 3; “começou Jonas a percorrer a cidade... e
pregava”, 3: 4.
d) c) Conseqüências da obediência, 3:
5-10 - A pregação de
Jonas produziu resultados e os moradores de Nínive arrependeram-se de seus
pecados. Houve, por um certo período, um retorno ao monoteísmo.
e) Nessa fase aconteceram duas grandes
pragas, nos anos 765 e 759 a.C., e um eclipse solar, em 763 a.C. Esses
acontecimentos podem ter sido interpretados como sinais de julgamento divino e,
portanto, preparado a cidade para receber a mensagem profética de Jonas. Como
expressão visível de seu verdadeiro arrependimento, “eles jejuaram, vestiram-se
de pano de saco”, 3: 5.
f) d) Lição e censura a Jonas, 4: 4-11 - Quando Deus agiu, salvando ninivitas,
Jonas ficou contrariado, v. 8, porque pensou na segurança política de Israel. É
como se o pregador colocasse seus interesses pessoais à frente dos interesses
do reino de Deus. Foi preciso que Deus o levasse a sentir o valor de uma alma.
Se Jonas creu ser razoável irar-se por uma planta com a qual não contribuiu em
nada para sua existência, como não dar lado para compreender o tão grande e
poderoso amor de um Deus-Criador, que fízera com carinho e doçura cada criatura
que estava naquela metrópole?
g) e) Deus expressa seu amor por Nínive:
h) 1) O amor do Criador por seus filhos,
embora tenham eles vivido em pecado e rebelião contra suas Leis, vai além de
qualquer amor ou sentimento humano, Rm 5: 8.
i) 2) O amor de Deus pela humanidade
estende-se para além de qualquer fronteira, até às pessoas perdidas em qualquer
lugar. Esta verdade foi plenamente vista:
a) quando Deus enviou seu Filho Jesus para morrer por todas as pessoas,
Jo 3: 16; e b) quando Jesus enviou os discípulos a todo o mundo para pregar o
Evangelho e fazer discípulos de todas as nações, Mt 28: 18-20.
j)
A
vocação da igreja é missionária.
Jonas: entre a justiça e a misericórdia
Jonas: entre
a justiça e a misericórdia
Jonas: entre
a justiça e a misericórdia
Jonas 1:1-3 Veio
a palavra do Senhor a Jonas, filho de Amitai, dizendo: Dispõe-te, vai à grande
cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim. Jonas
se dispôs, mas para fugir da presença do SENHOR, para Társis; e, tendo descido
a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem e
embarcou nele, para ir com eles para longe da presença do Senhor.
A história do
profeta Jonas tem momentos ao mesmo tempo dramáticos e curiosos, a começar por
esta passagem quando é chamado pelo Senhor para ir à cidade de Nínive.
Nínive era a
capital do império assírio, portanto, terra de gentios. As características do
povo de Nínive apontavam para uma nação pagã, habitada por gente cruel e
terrivelmente pecadora, com um detalhe: eram os assírios inimigos históricos do
povo de Israel.
A missão do
profeta Jonas era ir a esta cidade e pregar contra os seus pecados,
anunciando-lhe o juízo de Deus sobre ela. A reação de Jonas parece engraçada,
mais revela o quanto a missão que o Senhor lhe dava mostrava-se dura para ele.
Jonas, então, vai para Társis, com a ingênua pretensão de fugir do alcance dos
olhos de Deus, como se isso fosse possível!
Sendo Nínive
como era, dá para imaginar como deve ter batido o coração de Jonas ao ouvir do
Senhor qual seria a sua tarefa! Era como se os palestinos recebessem hoje a
ordem de ir aos judeus e lhes pregar uma mensagem de arrependimento. Era como
se pedissem aos judeus massacrados pelo holocausto que fossem aos nazistas
alemães para lhes entregar uma profecia de Deus que poderia resultar na própria
salvação dos seguidores de Hitler. Ou ainda como se fosse ordenado aos
iraquianos que fossem promover a mudança de atitude dos americanos apenas com
uma pregação de arrependimento. Era também com se falassem aos americanos para
ir aos membros da Al Qaeda e lhes anunciar que precisavam voltar atrás em suas
atitudes.
Todos sabem a
história e, mesmo que tentasse fugir para Társis, após parar na barriga de um
grande peixe, Jonas acaba em Nínive e, agora obediente à voz do Senhor, prega para
aquele povo. Jn 3:4 narra: Começou Jonas a percorrer a cidade caminho de um
dia, e pregava, e dizia: Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida.
Para a
surpresa de Jonas, aquele povo pagão se arrepende dos seus pecados. O verso 5
do cap.3 diz: Os ninivitas creram em Deus, e proclamaram um jejum, e
vestiram-se de panos de saco, desde o maior até o menor. Já o verso 6 mostra
que aquela mensagem tocou também o coração de quem governava os assírios
ninivitas: Chegou esta notícia ao rei de Nínive; ele levantou-se do seu trono,
tirou de si as vestes reais, cobriu-se de pano de saco e assentou-se sobre cinza.
Sinais
externos que antes eram vistos apenas no povo escolhido de Deus passaram a ser
contemplados no povo de Nínive, pois aqueles assírios proclamaram um jejum,
vestiram-se em panos de saco e assentaram-se sobre cinzas.
O resultado
do arrependimento dos ninivitas foi a misericórdia de Deus sobre eles, Jn 3:10
diz: Viu Deus o que fizeram, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se
arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez.
O resultado
da sua própria pregação provocou em Jonas um sentimento de descontentamento.
Jonas queria que a justiça de Deus fosse executada sobre aquele povo e não sua
misericórdia, queria também que a sua profecia fosse levada à prática e não o
perdão do Senhor. Afinal, os pecados daquela gente eram os mais cruéis,
inclusive os cometidos sobre os concidadãos de Jonas. Ao orar a Deus, o profeta
revela a razão pela qual não queria ir à Nínive: E orou ao Senhor e disse: Ah!
SENHOR! Não foi isso o que eu disse, estando ainda na minha terra? Por isso, me
adiantei, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus clemente, e
misericordioso, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e que te
arrependes do mal. Peço-te, pois, ó Senhor, tira-me a vida, porque melhor me é
morrer do que viver. ( Jn 4:2-3).
Jonas preferia
a morte a ver aquele povo salvo. Na sua mente não era justo que gente que
matou, violentou e humilhou seus irmãos judeus fosse salva, eles tinham mais é
que morrer!
O profeta não
queria ir àquela nação justamente porque sabia que Deus era clemente e misericordioso,
ele não queria correr o risco de que os assírios moradores de Nínive se
convertessem do seu mau caminho.
É incrível
como este sentimento de Jonas permanece vivo em muitos corações ainda hoje! Não
é difícil encontrarmos pessoas que defendem a morte para os criminosos, que
pensam que a melhor solução seria exterminar do nosso meio aqueles que não se
enquadram no nosso padrão de comportamento. Querem a justiça, não a
misericórdia.
Não estou
propagando que não devemos ansiar por justiça, mas estou querendo mostrar o
quanto nós somos falhos em exercer misericórdia.
Você já parou
para imaginar que nós somos como os assírios de Nínive: muito mais carentes da
graça de Deus do que de Sua justiça? Você já pensou o que seria de nós se, em
vez de misericórdia, o Senhor exerce sobre nós a Sua ira?
O profeta
Jeremias falou que as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos
consumidos (Lm 3:22), é em função de termos um Deus clemente que nós não
perecemos!
A palavra
misericórdia vem da junção de dois termos do latin que querem dizer miséria e
coração. Isso nos mostra que Deus colocou seu coração nos miseráveis e a
condição de pecadores nos faz assim, miseráveis. Paulo, ao mencionar a sua
falibilidade, exclamou: ?Miserável homem que eu sou!...? (Rm 7:24 - ARC)
Enquanto
justiça significa dar a cada um o que merece, misericórdia significa dar a cada
pessoa o que ela precisa.
Jonas não
conseguia entender que a graça de Deus se estende a todas as criaturas. Jn
4:6-11 conta-nos o seguinte: Então, fez o Senhor Deus nascer uma planta, que
subiu por cima de Jonas, para que fizesse sombra sobre a sua cabeça, a fim de o
livrar do seu desconforto. Jonas, pois, se alegrou em extremo por causa da
planta. Mas Deus, no dia seguinte, ao subir da alva, enviou um verme, o qual
feriu a planta, e ela se secou. Em nascendo o sol, Deus mandou um vento calmoso
oriental; o sol bateu na cabeça de Jonas, de maneira que desfalecia, pelo que
pediu para si a morte, dizendo: Melhor me é morrer do que viver! Então,
perguntou Deus a Jonas: É razoável essa tua ira por causa da planta? Ele
respondeu: É razoável a minha ira até à morte. Tornou o Senhor: Tens compaixão
da planta que te não custou trabalho, a qual não fizeste crescer, que numa
noite nasceu e numa noite pereceu; e não hei de eu ter compaixão da grande
cidade de Nínive, em que há mais de cento e vinte mil pessoas, que não sabem
discernir entre a mão direita e a mão esquerda, e também muitos animais?
Esta passagem
mostra que o profeta soube dá mais valor a uma árvore do que a quem foi criado
à imagem e semelhança de Deus. Deus, ao contrário, lhe mostrou que aquelas suas
120 mil criaturas em Nínive precisavam mais da misericórdia dEle do que da Sua
ira.
Na oração do
Pai Nosso Jesus nos mostrou que por recebermos graça, precisamos dar graça, por
recebermos perdão, precisamos perdoar. Porque recebemos misericórdia da parte
de Deus, devemos dispensar misericórdia àqueles que Deus ama tanto quanto a
nós, ainda que no nosso olhar eles mereçam sofrer. É só lembrar que recebemos
de Deus o nós precisávamos e não o que nós merecíamos.
Jonas, o Rebelde?
Jonas, o
Rebelde?
Jonas, o
Rebelde?
Creio que
tudo o que está inserido na Bíblia tem, de uma forma ou de outra, algum
proveito para nossas vidas. Paulo nos disse que toda a Escritura é inspirada
por Deus e é proveitosa para ensinar, repreender, corrigir e instruir (2 Tm
3:16). Parece que um exemplo de desobediência como o de Jonas serve de consolo
para nós e nos alivia a consciência de que não somos os únicos que erramos o
alvo proposto.
Jonas inspira
muitos sermões acerca da desobediência. Este livro de apenas quatro capítulos
serve para diversos pregadores mostrarem sua eloquência e pregarem duros
sermões. Diz o texto bíblico que Deus ordenou que Jonas fosse até a cidade de
Nínive e pregasse contra o seu pecado. Nínive era capital da Assíria, nação
poderosa e com um exército temível e terrível. Foi uma grande potência mundial
no seu auge.
Os assírios,
ao conquistarem determinado povo, o torturavam e massacravam. Eles pegavam seus
novos escravos e arrancavam as orelhas, o nariz, dedos, etc. Chegavam a furar
os olhos dos pobres coitados. Os soldados ninivitas tinham uma crueldade fora
do comum. Misericórdia era uma palavra desconhecida. Seu intento era rebaixar
ao máximo e humilhar as nações que venciam. E os assírios eram inimigos dos
judeus. Agora imaginemos Deus se chegar a Jonas e mandá-lo pregar a este povo
cruel, que tinha torturado e matado muitos do seu povo? O texto dá a entender
que Jonas não tinha um conceito desenvolvido da onipresença de Deus e fugiu
para a cidade de Társis. Ele achou que os olhos de Deus estavam somente sobre
Israel.
Parece que
satisfaz nosso ego encontrar alguém que tenha mais características ruins do que
nós. Quando vemos assassinos diariamente nos noticiários, parece que nossos
defeitos ficam um pouco escondidos. Como explanou o Rev. Caio Fábio em um de
seus sermões: A sociedade não queria que o endemoninhado gadareno fosse
liberto. Aquele homem fora dos padrões desviava a atenção para si, e os
defeitos das pessoas mais normais ficavam escondidos. Aquele homem quebrava as
correntes, mas se colocassem correntes mais fortes, uma hora quebraria os ossos
dele, e não as correntes. Aquele homem poderia bater em 5, 10 ou até 15 homens,
mas será que bateria em 100 homens? O endemoninhamento tem um limite. E o
engraçado é que ele nunca morria de fome, com certeza alguém sempre levava uma
comidinha para o endemoninhado continuar ali naquela situação. Não era
interessante ele se tornar uma pessoa normal, por isso era melhor deixá-lo como
estava, para que as pessoas da cidade sempre tivessem algo para comentar e seus
defeitos não ficariam tão evidentes. Quando Jesus o libertou, pediram a Jesus
que se retirasse da cidade. (Resumi o que ele disse com minhas próprias
palavras).
É tão fácil
falar da desobediência de Jonas, mas você faria diferente? Você pregaria para
os assassinos de teus filhos? Evangelizaria o estuprador de tua irmã? Ou
falaria do amor divino para pessoas que mutilaram alguém da tua família? Aí a
nossa visão crítica sobre a fuga de Jonas começa a mudar. Não estamos
justificando a atitude de Jonas, mas creio que ele teve motivos mais
justificáveis para sua obediência do que nós para alguns de nossos pecados. O
pregador que chama Jonas de desobediente muitas vezes é o mesmo que fica com
inveja quando aparece outro pregador melhor. O crente que crítica Jonas por não
ter pregado aos ninivitas em diversas vezes é o mesmo que quase nunca fala de
Jesus para as pessoas. Cansamos de usar dois pesos e duas medidas. Deus queria
mostrar pra ele que sua misericórdia supera quaisquer conceitos filosóficos,
sociológicos ou até teológicos.
Embora
tivesse tido justos motivos para não ter ido pregar em Nínive, Deus enviou um
grande peixe para tragar Jonas. A ciência e os teólogos liberais olham para
esta passagem como uma lenda, ou, no máximo, uma história fictícia que ensina
boas lições espirituais. Temos um caso semelhante fora da Bíblia. Um homem
chamado James Bartley, por acaso, ou porque Deus quis mesmo, (vai saber...) foi
engolido por uma baleia. Os marinheiros que estavam com ele conseguiram
capturar a baleia e a mataram. Quando abriram a baleia, viram algo se mexendo
dentro dela. Viram que era James, ele estava vivo!!! Quase morreu no hospital,
mas depois de aproximadamente 30 dias voltou a si. Ele ficou com a pele esbranquiçada
por causa de uma substância que existe dentro da baleia.
Agora imagine
comigo: Um judeu andando entre os assírios, com a pele toda esbranquiçada,
dizendo que a cidade seria destruída em 40 dias (Jn 3:4). Creio que os
ninivitas pensaram se tratar de um ser de outro mundo ou alguma divindade.
Imediatamente começaram a se arrepender, se humilhar, etc. Até mesmo o rei
temeu a mensagem e proclamou um jejum. O objetivo da mensagem tinha sido
atingido, a conversão de uma cidade inteira. Qualquer evangelista teria ficado
cheio de júbilos se tivesse tido o sucesso de Jonas. Mas Jonas ficou triste a
tal ponto que quis morrer. O desejo de Jonas era que Deus destruísse a cidade
inteira para vingar o povo de Israel (Jn 4:2,5). Era um profeta, mas não
deixava de ser humano.
A
misericórdia divina supera nossos conceitos. Aquele que achamos que não tem
mais jeito, de repente se converte. Deus ama as pessoas, e é difícil para nós
entender isto. Às vezes achamos que Deus ama instituições. Às vezes achamos que
Deus ama apenas os evangélicos. Às vezes achamos que Deus tem que ter paciência
apenas conosco, não com o nosso vizinho. Quantos erros cometemos com nossas achologias.
Até mesmo o profeta erra. O pastor também se equivoca. O teólogo não sabe tudo
sobre Deus. Ele teve misericórdia do profeta desobediente e da cidade
sanguinária. Teve misericórdia de mim e de você. Fico por aqui, não há como
expressar com palavras a graça de Deus...
Nínive
Nínive
Introdução
Jonas tem um lugar especial no respeito e
no ritual dos judeus. Nenhum outro livro do A.T. Busca de maneira tão enfática
a extensão da misericórdia divina às nações gentias. Essa perspectiva mundial
da Missão de Israel tem sido muitas vezes esquecida pela nação no decurso das
suas muitas apostasias.Nesse ponto central da história, Jonas foi usado para
conclamar a nação e refletir sobre o programa divino do julgamento universal
dos malfeitores e sua oferta universal de misericórdia para o arrependimento e
fé.
Seu objetivo histórico era declarar a
universalidade do julgamento quanto da graça divina. Deus julga a iniquidade em
todas as esferas e, do mesmo modo, reage ao arrependimento de todas as nações.
A história também retrata a verdade de que, quando o povo de Deus deixa de ter
interesse pelos perdidos perde a visão do objetivo do programa divino no mundo.
Em Jonas, a misericórdia divina é oferecida
aos pagãos, que se arrependem e reagem favoravelmente ao Deus de Israel.
Nenhum profeta foi tão conciso em sua mensagem.
Sua profecia continha apenas sete palavras (cinco no Hebraico): Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida.
Até mesmo sua curta profecia deixou de realizar-se (o que muito o aborreceu)
Todavia, sua experiência foi uma importante mensagem pra Nínive , Israel e até
mesmo para Igreja de hoje.
O Livro de Jonas contém o relato do maior
reavivamento registrado na Bíblia; toda a cidade de Nínive abandonou os seus
caminhos iníquos e voltou-se para Deus. Jonas foi também usado como instrumento
de arrependimento para os marinheiros, fazendo com que eles se voltassem para o
Senhor depois de o profeta ter sido jogado ao mar, aquietando-o. Parece que ele
obteve mais resultados por acaso do que a maioria dos profetas obtiveram
intencionalmente.
Nínive
O termo
hebraico nineweh é uma tradução do assírio Ninua (em babilônico antigo,
Ninuwa), que por sua vez é transliteração do nome sumério mais antigo ainda,
Nina, nome da deusa Istar, escrito com um sinal representando um peixe dentro
de um ventre.
Conforme Gen
10:11 Nínive era uma das cidades do Norte fundada por Ninrode ou Assur depois
de ter partido da Babilônia. Uma cidade principal e última capital da Assíria.
Em 2003 a . C. O templo da deusa Istar em Nínive
foi fundado por Manishtisu, filho de Sargom.
Situação em
Nínive
Geograficamente:
Nínive estava localizada a leste do
Setentrional rio Tigre, e distante aproximadamente 960 Km de Israel, uma viagem
de três meses nos tempos antigos. Era uma das cidades mais antigas no mundo,
estabelecida por Ninrode (Genêsis 10:11). Calcula-se que sua população era de
600.000 habitantes, incluindo 120.000 crianças e muitos animais. Aproximadamente.
Calá, capital do império Assírio, e outras cidades ficavam na circunvizinhança.
Embora o muro interno da cidade tivesse menos de cinco quilômetros de diamêtro,
suas aldeias e subúrbios espalhavam-se numa circunferência de mais de 32 quilômetros .
Perímetro da cidade (incluindo terras
adjacentes) = cerca de 96 Km
.O muro externo tinha 96 Km
de extensão, 30 metros
de altura e uma largura suficiente para três carroças conduzidas lado a lado. A
intervalos, por todo o muro, havia 50 torres de 60 metros de altura para
o serviço de vigilância realizado pelas sentinelas.
Religiosamente:
A assíria tinha um povo idólatra
politeísta.
Foi iniciada uma tendência para o
monoteísmo na Assíria sob o governo de Adad-nirari, devido à sua monolatria.
Ele recomendava: Ponha sua confiança em Nebo; não confie em outro deus.Todavia,
diversos cataclismas ocorreram durante esses anos, que podem ter sido usados
para preparar o povo. Em 765 e 759 grandes calamidades caíram sobre a cidade, e
em 15 de junho de 763 houve um eclipse solar total.
Naquele tempo o culto dos sentidos era um
serviço aos deuses, os templos ocupavam o lugar dos bordéis, os amantes de ambos
os sexos eram consagrados ao serviço do templo e os donativos por seus
?serviços? iam para as caixas do templo como oferendas para a divindade?.
Os mitos e costumes do povo assírio
espelham o mais horrendo barbarismo, transbordam de cultos mágicos, de
sensualidade, primitiva e grosseira, a deuses a semi-deuses. Tinham particular
significação os ritos relacionados com as deusas da fecundidade.
Politicamente:
A Assíria estava em declínio nessa época.
Essa decadência havia começado com a morte de Adad-nirari III em 782, e se
estendeu até a vinda de Tiglate-Pileser III em 745. Depois de Adad-nirari
reinaram Salmanasar IV (782-773) e Asurdan III (773-754). A visita de Jonas foi
provavelmente durante o reinado deste último.
O
arrependimento de Nínive, diante da pregação de Jonas, ocorreu no reinado de um
destes dois monarcas assírios:
Durante o
reinado de Adade Nirari III ( 810-783),
houve um movimento em direção ao monoteísmo que poderia ter sido o resultado (
ou futura ajuda) da pregação de Jonas.
Durante o
reinado de Assur-Dan III ( 771-754
a .C). em cuja administração ocorreu uma epidemia em 765 a .C., o eclipse do sol em
763a.C. E uma segunda epidemia em 759
a .C. Foram eventos considerado pelos antigos como
indícios do juízo divino, e poderiam, por isso, ter preparado o povo da capital
assíria para a mensagem de Jonas e o possível avivamento.
Moralmente:
Os habitantes de Nínive eram conhecidos
como uma raça sensual e cruel. Viviam de
saques e orgulhavam-se dos montes de cabeças humanas que traziam de violentas
pilhagens de outras cidades. Fortificaram-se com um muro interno e outro
externo.
A malícia condenada em 1:1 incluía
idolatria e extrema crueldade contra os prisioneiros de guerra.
Depois de atacarem uma cidade, passavam a
chacinar implacavelmente os habitantes, deportando o restante da população a
outras partes do Império. Muitas pessoas morriam como resultado das marchas forçadas
ao exílio. Os líderes das nações conquistadas eram torturados sem misericórdia,
e executados.
A brutalidade, crueldade e atrocidade dos
ninivitas eram conhecidas. Conhecida como cidade ensanguentada pois havia
massacrado vários povos e nações , cidade cheia de mentiras, rapina e roubo ...
Os assírios eram, não somente cruéis, mas
também extremamente imorais. Externamente, Nínive parecia atraente, mas
internamente achava-se repleta de prostituição ritual e imoralidades. A cidade
também estava entregue a feitiçaria.
Cultura:
Os nínivitas
eram cultos.
Embora o
Império Assírio sob Assurbanípal foi somente em 660 a.C. e este criou a
Biblioteca, este utilizou o que existia na Assíria de conteúdo histórico e
acrescentou o necessário para efetivar a intelectualidade do povo assírio.
Após longa
série de tiranos sanguinários, deve-se ao assírio Assurbanipal um inapreciável
serviço, este mandou copiar as obras da literatura acádica, mandou compilar
dicionários e gramáticas nas diferentes línguas faladas no gigantesco império.
A biblioteca
de Nínive, fundada por ele, era a maior e mais importante do Antigo Oriente
trazendo-nos conhecimento sobre o pensamento e a poesia do Crescente Fértil até
os tempos mais remotos.
Apesar de
sofisticados e pecaminosos, seus habitantes deram ouvidos à advertência do
profeta.
Língua
comercial e política dos povos da época era o aramaico e o acadiano.
Conclusão:
Jonas foi comissionado para ir a Nínive uma
tarefa desagradável para um israelita, As atrocidades dos assírios que mais
tarde aterrorizaram as nações, submetendo-as a Tiglate-Pileses III, talvez já
vinham sendo praticados por esse tempo. Do ponto de vista humano, a Assíria era
o último lugar onde um israelita gostaria de dirigir-se, em aventura missionária.
Jonas conhecia bem os sofrimentos que haviam sobrevindo à Síria, ao repetir os
recentes ataques assírios.
A Assíria era uma ameaça para Israel desde
o tempo de Onri (cerca de 880
a .C.) e tinha forçado os israelitas a pagarem tributos
nos últimos cinquenta anos até Jeroboão II tornar-se rei. Jeroboão sacudiu esse
jugo mais ou menos em 790 e estendeu o reino do Norte ao seu maior limite desde
Salomão. No tempo de Jonas, Israel sentia-se seguro e estava em ascensão,
enquanto a Assíria achava-se em declínio.
Os Assírios eram conhecidos no mundo antigo
pela extrema crueldade com que tratavam os povos subjugados por isto
questiona-se as vezes se o arrependimento de Nínive foi sincero. A resposta do
Livro de Jonas é que Deus o considerou sincero, pois suspende o julgamento que
lhes tinha sido notificado (3:10). Jesus também testificou que se arrependeram com a pregação de Jonas? (Mt.
12:41). O que Israel deixou de fazer com a pregação do Messias.
Embora o Livro registre o arrependimento inesperado
de um dos maiores tiranos da história antiga, sua ênfase maior está no
arrependimento ou mudança de Jonas. O arrependimento de Nínive ocupa um
capítulo, mas a história da preparação de Jonas e seu subsequente treinamento
são apresentados em 3 capítulos (1,2 e 4) parece que Deus teve mais dificuldade
em aperfeiçoar Jonas
do que todo o povo de Nínive. Quando o profeta foi conduzido ao ponto de
obediência, o reavivamento ocorreu naturalmente. A preparação de Jonas foi
realizada em etapas. A
experiência do peixe preparou-o para Nínive, mas ele precisou de mais
treinamento para voltar a Israel. Se o arrependimento da cidade no capítulo 3
surpreende a todos, o profeta desapontado do capítulo 4 causa-nos um choque.
Ele parece estar mais interessado em que sua profecia se cumpra, como um
crédito à sua profissão, do que a cidade de Nínive seja poupada do julgamento
divino.
É desse modo que termina a história
deixando o leitor inteiramente desapontado diante da atitude do profeta. Jonas
parece ser irremediavelmente egoísta e fanático, até lembrarmos que ele
escreveu sem dourar a sua própria imagem no final. Essa imagem foi obviamente
destinada a impressionar e humilhar a Israel, pois a atitude do profeta foi um
reflexo da atitude do povo. Os judeus estavam tão envolvidos com os seus
próprios afazeres e prosperidade do período áureo de Jeroboão II, que tinham
perdido de vista a sua missão como povo da aliança.
A queda da
grande cidade Nínive, conforme predito pelos profetas Naum e Sofonias, ocorreu
em agosto de 612 a .C.
terça-feira, 5 de novembro de 2013
A verdadeira pregação neotestamentária
A verdadeira
pregação neotestamentária
E como
ouvirão, se não há quem pregue?
Romanos
10.14c (arc)
A palavra grega
utilizada aqui para pregar, significa anunciar, proclamar ou publicar.
Evidentemente, um púlpito pessoal é designado para cada crente (em casa, na
comunidade, no escritório ou na escola) para mostrar e contar aos outros as
Boas Novas. (bep)
Prega a Jesus
Cristo
(23) Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é
escândalo para os judeus e loucura para os gregos.
(24) Mas, para
os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de
Deus e sabedoria de Deus.
I Coríntios
1.23 e 24 (arc).
O evangelho é
a revelação da verdade, mas, na análise final, é a operação do poder de Deus
com vitória sobre o pecado e a morte. A salvação bíblica não é nada menos que
uma completa restauração do universo, com um novo céu e uma nova terra. (bep)
Prega
arrependimento e perdão dos pecados
(46) E disse-lhes: Assim está escrito, e assim
convinha que o Cristo padecesse e, ao terceiro dia, ressuscitasse dos mortos;
(47) e, em seu nome, se pregasse o
arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por
Jerusalém. Lucas 24. 46 e 47 (arc).
Os discípulos
somente deviam pregar o perdão dos pecados juntamente com o arrependimento do
pecador. O pregador que anuncia a salvação como uma simples crença ou religião
fácil, ou uma formal aceitação da salvação gratuita, sem nenhum compromisso
voluntário do pecador de obedecer a Cristo e à sua Palavra, está pregando um
falso evangelho. O verdadeiro arrependimento inclui o abandono do pecado, i.e.,
um elemento fundamental e imutável do verdadeiro evangelho neotestamentário
(ver Mt 3.2, nota sobre o arrependimento). (BEP)
Prega a
Palavra do Senhor
(31) E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e
serás salvo, tu e a tua casa.
(32) - E lhe
pregaram a Palavra do Senhor e a todos os que estavam em sua casa. Atos 16. 31
e 32 (arc).
Aqui temos o
ministério da confirmação na Palavra, o que, por toda parte do livro de Atos, é
algo bem enfatizado. A própria Grande Comissão salienta tanto a necessidade do
evangelismo inicial como do ensino doutrinário, embora esta última porção do
ministério cristão seja com frequência negligenciada. (nti)
Prega o
evangelho do reino de Deus
(14) E,
depois que João foi entregue à prisão, veio Jesus para a Galileia, pregando o Evangelho
do Reino de Deus (15) e dizendo: O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está
próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho. Marcos 1. 14 e 15 (arc).
Há somente um
evangelho: Jesus o pregou, transmitiu a seus discípulos e comissionou-os à sua
igreja. Paulo preveniu contra jamais receber qualquer outro evangelho. Qualquer
outro pode ser tanto uma mensagem completamente errada ou um argumento para uma
mensagem diluída e desprovida de poder, embora nominalmente cristã. Jd. 3
sempre nos impele a batalhar pelo original, a fé que uma vez foi dada aos
santos. Atenham-se ao completo evangelho do Reino, e esperem que o Senhor
confirme essa palavra com os sinais que ele prometeu. (Mc. 16.15-18) (bep)
Prega a
Palavra em todo tempo
Que pregues a
Palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com
toda a longanimidade e doutrina. II Timóteo 4.2.(arc).
Torne-se um
servo comprometido com a Palavra de Deus. Esteja preparado a qualquer momento,
seja conveniente ou não, para proclamá-lo e para instruir pacientemente aqueles
que não o compreendem ou não o aceitam (bep)
Não prega ou
aceita outro Evangelho
Mas ainda que
nós ou um anjo dos céus pregue um evangelho diferente daquele que lhes
pregamos, que seja amaldiçoado! Gálatas 1.8 (nvi).
A Bíblia
afirma claramente que há um só evangelho, o evangelho de Cristo(v.7). Este
evangelho nos veio pela revelação de Jesus Cristo? (v.12) e pela inspiração do Espírito
Santo. O evangelho é definido e revelado na Bíblia, a Palavra de Deus.
Quaisquer ensinos, doutrinas, ou ideias que, originados em pessoas, igrejas ou
tradições, e que não estejam expressos ou subentendidos na Palavra de Deus, não
podem ser incluídos no evangelho de Cristo (v.11). Misturá-los com o conteúdo
original do evangelho é transtornar o evangelho de Cristo (v.7).
Não negocia a
Palavra de Deus
Ao contrário
de muitos, não negociamos a Palavra de Deus visando lucro; antes em Cristo
falamos diante de Deus com sinceridade, como homens enviados por Deus. II
Coríntios 2.17 (nvi).
Paulo
descreve, aqui, pregadores de então que reduziam as exigências do evangelho a
fim de obterem lucro, aceitação e sucesso (cf. 11.4,12-15). Eram talentosos e
persuasivos, mas, secretamente, insinceros. Cobiçavam dinheiro e visavam à
preeminência (cf.Jo 10.12,13; Fp.1.15,17; I Pe 5.2; II Pe 2.1-3,14-16). (BEP)
Bartimeu e Nós (povo de DEUS)
Bartimeu e
Nós (povo de DEUS)
BARTIMEU E
NÓS
Quais
semelhanças temos?
Quais
semelhanças devemos ter?
Baseado no
evangelho de Marcos, cap.10, versículos 46 à 52, podemos observar várias
características do cego que foi curado por JESUS em Jericó, tenho certeza que
nenhum detalhe foi por acaso, e ao ler e reler essas passagens na Bíblia
(também encontradas em Mateus 20, 29-34; Lucas 18, 35-43), orei muito ao
SENHOR, pois não compreendia porque essa passagem não saía dos meus pensamentos,
comecei, então, a identificar alguns aspectos comparativos entre Bartimeu e nós
(povo de DEUS).
Bartimeu -
era um homem, cego mendigo, que vivia em Jericó. Estava à
beira do caminho quando apenas ouviu, que era JESUS, o Nazareno, que ali
passava, logo naquele momento começou clamar: “Jesus, filho de Davi, tem
compaixão de mim!”. Foram muitos os que o repreendiam, para que se calasse;
porém ele não se calou, não desistiu! Então JESUS, vendo a persistência e a fé
de Bartimeu, mandou que os chamassem. Disseram então a ele: “Tem bom ânimo;
levanta-te, ele te chama.” Isso foi o necessário para que Bartimeu lançasse de
si a capa e levantasse de um salto para ter com Jesus.
“Perguntou-lhe
Jesus: Que queres que eu te faça? Respondeu o cego: Mestre, que eu torne a ver.”
Após Jesus
ter lhe dito que a sua fé lhe salvara, imediatamente Bartimeu tornou a ver e
então passou a seguir Jesus estrada fora.
Nós (povo de DEUS)
- quantos de nós somos ou estamos como cegos mendigos na igreja? Atrás de
esmolas de DEUS, sem visão espiritual alguma, só querendo receber, ou somente
vivendo na religiosidade cotidiana nos bancos da igreja?
Bartimeu
desejou estar com JESUS, ter experiência com JESUS, falar com ELE e ouvir
pessoalmente a resposta. Ele poderia ter permanecido sentado, esperando que
JESUS o percebesse, ou talvez pedir a quem estava próximo que intervisse por
ele, ou até mesmo na condição de mendigo ter pedido ouro, uma casa, terras, mas
não, Bartimeu clamava o nome de JESUS, sabia que ELE poderia dar muito além do
material! Imagino eu, que com toda a sua força, pois no versículo 48, Marcos
menciona: “mas ele cada vez gritava mais...”
Hoje, JESUS
deseja que se estivermos na condição de cegos mendigos, façamos o que Bartimeu
fez! No entanto, não precisamos gritar, nem temer que ELE vá embora estrada
fora, pois Jesus está sempre perto de nós, nos escuta a todo instante, ELE só
quer que oremos, clamemos: “Jesus, filho de Davi, tem compaixão de mim!”
JESUS não
quer que nós continuemos na beira do caminho, escutando as maravilhas que ELE
faz, Jesus quer fazer maravilhas na nossa vida também! Quer nos curar, deseja
restaurar não só a nossa visão, mas a nossa vida!
No versículo
51 relata: “...Mestre que eu torne a ver.” Podemos entender com isso, que
Bartimeu não foi cego a vida inteira, um dia pelo menos ele enxergou. Nós
quando fomos feitos por DEUS, para viver bem, falar face a face com DEUS. À
vontade de DEUS para a nossa vida é a melhor. ELE deseja nos restaurar.
Não vamos
ficar somente no banco contemplando! Assim como falaram à Bartimeu, DEUS diz a
cada um: “Tem bom ânimo; levanta-te, EU te chamo!” Lance fora a capa velha,
aquela que talvez alguém colocou, ou você e eu adquirimos com o tempo e nos
impediu muitas as vezes que nos achegássemos ao pai em espírito e em verdade para
falar: “Pai eu quero tornar a ver, eu quero te ver!” Então ELE lhe dará novas
vestes!
Muitas são as
passagens na Bíblia que descrevem o poder das palavras, então declare a DEUS
que restaure a sua visão e tenho certeza que após essa experiência, todos nós
faremos como Bartimeu: “...imediatamente tornou a ver e seguia a Jesus estrada
fora.” Isso, será automático, é impossível ter experiência com DEUS e ficar
inerte, sem querer comentar, sem ter sede de mais. Estudar a palavra, orar,
louvar, evangelizar, se tornará algo espontâneo e normal em nossas vidas e com
certeza só agradará aos olhos de DEUS. Se alguém tentar te repreender, não dê
ouvido! Faça como Bartimeu! JESUS quer você junto DELE, quer que todos nós o
sigamos, para isso é necessário atitude!
Para
finalizar nos versículos finais dessa passagem, não há relatos que indiquem que
Bartimeu tornou a mendigar, pois creio que com a visão restaurada e seguindo a
JESUS, muitas seriam as provisões e bênçãos do SENHOR, o pão não faltaria!
“Buscai,
antes de tudo, o seu reino, e estas coisas vos serão acrescentadas.” Lc12,31.
DEUS quer
restaurar ministérios, avivar a igreja, mas é necessário visão, assim como
Bartimeu, eu e você fomos salvos, existem muitas pessoas que necessitam da
salvação, para isso é importante que vejam e ouçam as maravilhas da restauração
e a experiência com DEUS em nossas vidas!
“... Também
todo o povo, vendo isto, dava louvores a Deus.” Lc18,43.
Exercitemos a
nossa fé como Bartimeu, restauremos nossa visão e sigamos a JESUS!
ELIAS, UM PROFETA NAS MÃOS DE DEUS
ELIAS, UM
PROFETA NAS MÃOS DE DEUS
Texto base: I
Rs. 17.1ss
INTRODUÇÃO:
Elias foi sem dúvida alguma, um dos maiores profetas que o Senhor Deus levantou
em sua época. Sua vida constitui-se de um notável exemplo para nós, de como
Deus opera na vida daqueles que se colocam em suas mãos.
I –
CONHECENDO O PROFETA ELIAS
Elias era
natural de Gileade, foi contemporâneo de Acabe, Acazias e Jeosafá. Poucas
informações temos a respeito de sua vida, porém as que temos, são de muitíssimo
valor. Chamado por Deus num dos momentos mais críticos da história da nação de
Israel, teve que combater contra o perverso rei Acabe e o sistema religioso de
sua época. O povo tinha se afastado do Senhor e estava cultuando a Baal, e
Elias se levanta como mensageiro do Senhor para alertar a nação. É destacado
por sua coragem e seu zelo para com o Deus de Israel. Conhecido como profeta do
fogo, tinha uma vida bastante simples, se vestia de pelos de camelos e
dispensava o conforto do cotidiano. Que notável exemplo!!! Temos muito que
aprender com a vida deste grande servo de Deus.
II – TODO
PROFETA QUE ESTÁ NAS MÃOS DE DEUS, O SENHOR O HONRA
a) Deus honrou Elias em não fazer chover – I
Rs. 17.1ss
b) Deus honrou Elias ao ressucitar o filho da
viúva – I Rs 17.17-24
c) Deus honrou Elias diante do povo – I Rs
18.37-40
d) Obadias disse: Deus pode te esconder e
Aacabe me mataria – I Rs 18.7-12, isto é honra!!!
e) Deus o honrou após a sua partida: Onde está
o Deus de Elias? – II Rs 2.14
III – TODO
PROFETA QUE ESTÁ NAS MÃOS DE DEUS, É UM HOMEM DE ORAÇÃO
Elias era um
homem que orava, e o crente que ora é vitorioso, abençoado e prospero
espiritualmente. Sua vida de oração:
a) I Rs 17.19-24 – levou o filho da viúva e
clamou a Deus em seu quarto. Isso merece uma reflexão. Nosso quarto deve ser um
lugar de oração, um altar, um lugar de intimidade com Deus.
b) I Rs 18.36-39 – Elias orou e fogo do céu
desceu
c) I Rs 18.42-46 – Elias orou e Deus mandou
chuva
Obs.: é
importante observarmos essas últimas duas orações de Elias, na primeira Deus o
ouviu rapidamente, na segunda teve que orar sete vezes. Pense nisso?
A oração nos
torna dependentes do Senhor.
IV – TODO
PROFETA QUE ESTÁ NAS MÃOS DE DEUS SOFRERÁ CRISES
Não obstante
aos portentos realizados por Elias, o mesmo teve que passar por situações de
crises profundas, tais experiências passam todos aqueles que tem um chamado de
Deus e uma missão a cumprir – vide Moisés – Números 11.15; Paulo – I Co.
4.8-10;II Co. 4.9-13; Davi – Sl. 55.4-8. Vejamos as crises de Elias:
a) sua fuga de Jezabel – I Rs. 19.1-3
b) seu desejo de morrer – I Rs 19.4
c) seu cansaço e sono – I Rs 19.5
d) sua determinação em continuar dormindo – I
Rs 19.6
Você está
preparado para enfrentar tais crises? Elias passou e venceu, pois ele estava
nas mãos de Deus, lembre-se nas mãos de Deus tudo é mais fácil.
V – TODO
PROFETA NAS MÃOS DE DEUS, TEM A PROTEÇÃO E A PROVISÃO DE DEUS
Como é
maravilhoso sabermos isso, quando o homem se coloca nas mãos do Todo Poderoso,
ele tem suas necessidades atendidas e a proteção divina.
a) Deus escondeu Elias – vai e te esconde
junto ao Ribeiro de Querite – I Rs 17.2,3. Aquele que pertence ao Senhor está
sempre bem protegido, Deus o esconde: 1) no Ribeiro – I Rs 17.2,3; b) debaixo
da sua sombra – Sl 91.1; c) debaixo das suas asas – Sl 91.4; em Cristo Jesus – Cl.
3.1-3
b) Deus proveu as necessidades de Elias em
pelo menos 3 ocasiões de maneira poderosa e miraculosa. Vejamos:
c) Alimentou o profeta ordenando aos corvos que
levassem comida a ele – I Rs 17.6
d) Alimentou o profeta usando uma viúva pobre
– I Rs 17.8,9
e) Alimentou o profeta usando um ser angelical
– I Rs 19.5,6,7
Deus tem seus
meios de agir em favor dos seus filhos, isso merece uma reflexão da nossa
parte. Quando nossos recursos se esgotam, Deus abre o seu bom tesouro(céu) para
nós. Então não temas amado irmão e faça como Elias, fique nas mãos de Deus.
Amém
Vida cristã - Pensando no profeta Jeremias
Pensando no
profeta Jeremias
Introdução:
Jeremias, um dos profetas maiores, foi sem dúvida alguma um dos maiores
personagens da história que nos relatam as santas escrituras, conhecido como
profeta das lágrimas, sua vida serve-nos de belo exemplo para os nossos dias.
1. Quem era Jeremias?
Jeremias era
filho de Hilquias, oriundo da classe sacerdotal, nasceu em Anatote, uma pequena
cidade localizada a 5 km
ao norte de Jerusalém, foi chamado a exercer o ministério profético ainda bem
novo. É o mais psicológico de todos os profetas do antigo testamento, conhecido
como o profeta das lágrimas em virtude de seus muitos lamentos sobre as
condições miseráveis de Judá. Foi um homem que teve pouco amigos, é um dos
tipos de nosso Senhor Jesus Cristo. Seu choro sobre sua cidade, nos faz lembrar
o choro do Mestre sobre Jerusalém, certa vez foi comparado a Jesus – Mt. 16.14.
Penso que nossa dívida para com esse profeta jamais poderá ser paga, q belo
exemplo de vida, de amor, de ternura e compaixão, que só tem aqueles que
realmente foram chamados por Deus. O Príncipe White afirmou certa vez: o livro
de Jeremias, depois de Salmos é um dos mais espirituais do Antigo Testamento.
Jeremias
escreveu suas profecias na Palestina entre 685 e 616 a . C.; num dos períodos
mais difíceis da história do povo judeu, o povo tinha se afastado do Senhor e
seguido caminhos desastrosos, Deus o levanta para ser uma testemunha a nação,
devido ao seu chamado sofreu muitas perseguições, veio a falecer no Egito como
exilado. Juízo e benignidade são os pontos centrais do seu livro.
Breve
conteúdo do Livro:
1. Jeremias, o arauto de Deus a nação – 1.1;
33-26
2. Jeremias, o atalaia de Deus – 34.1 – 45.5
3. Jeremias, testemunha de Deus a nação – 46.1
– 52.34
2. Estatísticas do livro de Jeremias
É o 24º livro
da Bíblia, tem 52 capítulos, 1.364 versículos e aproximadamente 43 mil
palavras. O livro contém 779 predições. Há 194 perguntas, 303 mandamentos e 16
promessas. Em Jeremias podemos descortinar 62 mensagens divinas. Jesus é
conhecido aqui no livro como o Senhor dos Exércitos.
3. Pensando na chamada de Jeremias– 1.1ss
3.1. Foi uma chamada especifica – fora chamado
para ser um profeta de Deus a nação.
E o que é ser
um profeta? A palavra profeta ver do termo hebraico nabbi, este vocábulo, por
seu turno, origina-se do verbo dabar: dizer, falar. Então entendemos que um
profeta é um mensageiro de Deus, um portador de uma mensagem divina
Para ser um
profeta de Deus são necessárias as credenciais de um verdadeiro profeta e essas
Jeremias tinha. Vejamos:
a) o verdadeiro profeta falava em nome do
Senhor – Is. 38.1; Jr. 12.14; Ez.22.12. A expressão: Assim diz o Senhor, era o
exórdio que caracterizava toda profecia genuína, se tal profeta falasse em seu
próprio nome ou em nome de outros deuses era declarado como inimigo da Santa
Aliança.
b) As palavras do verdadeiro profeta não caiam
por terra – I Sm. 3.19,20
c) O verdadeiro profeta tinha intimidade com
Deus – Amós 3.7; Gn. 18.17; 2 Rs. 1.9-16
d) O verdadeiro profeta era uma autoridade
incontestável – vide o exemplo de Natã ( 2 Sm. 1-15)
3.2. As
virtudes exigidas dos verdadeiros profetas
a) Coragem – Ez. 2.6
b) Inflexibilidade – Ez. 3.8,9
c) Vigilância – Ez. 3.17-19
d) Atenção – Ez. 3.10; Dt. 18.20;
4. Pensando nos sofrimentos de Jeremias
Jr. 12.5;
17.16,17; Hb. 11.35-38
Devido ao seu
chamado ministerial e sua vocação profética, o profeta Jeremias teve que
amargar uma vida de muito sofrimento, pois o profeta estava comprometido com a
visão que Deus lhe dera e sabia de sua responsabilidade, mais ele não se
entregou, lutou até o fim, seus sofrimentos nos mostram que é possível obter
triunfo em meio a dor e ainda assim se manter fiel ao Senhor.
• Sofreu o desprezo do seu próprio povo – Jr.
12.5
• Sofreu ferimentos e prisões – Jr. 20.1-2;
33.1
• Sofreu solidão – Jr. 15.17
• Sofreu a dura prova do calabouço – Jr. 38.6
• Sofreu nas mãos dos falsos – Jr. 18.18;
20.9,10
• Sofreu perigo de morte – Jr. 26.1 ss
Quem será que
está disposto a pagar o preço que esse servo de Deus pagou? Colocando-se muitas
vezes em perigo e lutando bravamente, tudo por amor e para cumprir as ordens de
seu Senhor!!!
5. Pensando nas crises de Jeremias
Segundo o
dicionário a palavra crise significa: momento decisivo ou perigoso, alteração
no curso de algo etc. John Kennedy em um discurso pronunciado em 12/04/1959,
disse que a palavra crise quando escrita no idioma chinês se compõe de dois
vocábulos: perigo e oportunidade, ou seja quando passamos por crises estamos
diante dessas duas situações, tendo perigo de fracassar e oportunidade de
triunfar em meio à crise. Os escritores contemporâneos identificaram 3 tipos de
crises:
a) Crises acidentais ou situacionais – ocorre
quando surge ameaça repentina ou perda inesperada, tais como: morte de um ente
querido, doença súbita, perda de bens etc.
b) Crises de desenvolvimento – surgem no curso
do desenvolvimento humano normal, tais como: entrada na escola, ajustes no
casamento, aceitação de críticas, enfrentar a aposentadoria, adaptação a morte
de amigos etc.
c) Crises existências – surgem quando somos
forçados a enfrentar verdades perturbadoras, tais como: sou um fracasso, minha
vida não tem propósito, ninguém gosta de mim etc.
Na verdade
todos nós passamos por crises na vida, quando Deus permite isso conosco, é para
o nosso bem. Quanto à nossa fé, a crise é um momento decisivo, em que você tem
que tomar uma decisão. A maneira como você responde no meio da crise determina
se você se envolver com Deus em algo grande que só Ele pode fazer. Quando Deus
nos diz o que ele quer fazer por nosso intermédio, iremos enfrentar uma crise
em nossa fé. Não foi diferente o que aconteceu com o profeta Jeremias, homem de
lágrimas e amor profundo pelo seu povo, vendo as condições miseráveis em que se
encontrava a nação, e em meio as perseguições sofridas, o grande profeta teve que
enfrentar sérias crises, mais Deus o ajudou e ele venceu. Vejamos alguns
momentos de crises do profeta das lágrimas:
a) Questionou a Deus – seria tu um ilusório
ribeiro para mim? – vide 15.18
b) Expressou profunda angústia em meio a
perseguição, sentindo que Deus usou de força demasiada para com ele – vide 20.7
–
c) Pensou em parar de falar no nome do Senhor
– 20.9
d) Amaldiçoou até o dia de seu nascimento – vide
20.14-18
Você tal qual
Jeremias está preparado para enfrentar crises?
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