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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Missões

MISSÕES – Isaías 6:1-8

            Quero apresentar a vocês um jovem que se tornaria profeta de Deus. ISAÍAS era um jovem aristocrata que nascera em um lar de um judeu chamado AMÓS. Sua cidade natal era Sião. Muitos problemas o rodeavam, um deles era a ASSÍRIA, nação que crescia. Sabia ele que sua nação era fraquinha.
            Creio que muitas vezes ele se inquietou com a Idolatria, a Superstição, a Imoralidade...assim como com todos os costumes pagãos. As pessoas estavam afastando-se de Deus, perdendo a dignidade e a integridade.
            Os profetas, corajosos de outrora, se enfraqueciam. As mulheres eram vulgares, sensuais, superficiais. Era gravíssima a situação da pátria.
            Isaías estava “na dele”. Um dia, Deus agiu e fez Isaías dar uma guinada. Não foi porque o time dele tinha perdido (acho até que era qualquer rubro-negro da vida). Nem que tivesse sido assaltado, mas... MORRE um amigo íntimo, de nome UZIAS. Isaías tinha apenas 20 anos. UZIAS era um homem bom. Era REI, um homem de vida reta. Isaías estava chorando a morte do amigo. Uma morte prematura.

I – Os princípios importantes dados por um PROFETA

Esses princípios nos ajudam a fazer escolhas firmes nos planos de Deus. Você se lembra do texto lido? Quando lemos esse texto ficamos impressionados com a visão.
Mas, o que ocasionou tudo aquilo? Ora, queridos, aquele era um momento triste para Isaías. Talvez ele estivesse saudoso e abandonado. O texto diz: “No ano em que morreu o Rei Uzias, EU VI O SENHOR”.

PRINCÍPIO 1 – Deus usa as circunstâncias para nos tornar conscientes de Sua Presença. “EU VI O SENHOR”.

Sua situação na Terra o levou a elevar sua visão até o Céu. Amados, comigo foi assim também. Não sou mais o homem de dez anos atrás. Eu era COMPLETAMENTE INOCENTE e de BOA FÉ, fui confrontado. Nunca pensei que iria seria tão combatido e odiado. Que provação! E POR LONGO TEMPO!! Eu fiquei confuso, triste, amargurado! E eu repetia: NÃO ACREDITO! ISSO NÃO EXISTE!
Os amigos sumiram e Deus foi misericordioso e me livrou. E veio mais: EU NÃO ESTAVA AINDA QUEBRANTADO. E eu me achei sem Igreja, sem emprego, sem amigos e sem uma casa para morar. Aí veio a mão de Deus e ele fala: “Você não precisa de Igreja para Eu  dar-lhe uma casa”. E deu. Entenda: Deus não falou audivelmente, mas o que aconteceu conosco, as portas que se abriram nos levaram a fazer essa leitura.
Eu não estava quebrantado ainda. Acho que Deus queria mais. Fui jogado num leito de hospital. E eu falei: “ESTOU PERDIDO”. Ali eu estava assustado, abatido, quebrantado. É como se estivesse rendido: sem rebanho, sem trabalho, tudo fugindo de minhas mãos!!
Deus se mostrou presente e atuante, revelando os verdadeiros amigos, e me mostrando uma família valorosa. Foi algo grandioso. De todos os lados me chegavam ajudas as mais diversas. Deus sustentou e continua sustentando seu servo e o trabalho. Realmente, eu estaria consumido, não fossem as misericórdias do Senhor.

PRINCÍPIO 2 – Deus revela seu caráter para que vejamos nossa carência.

Primeiro, Deus nos revela seu caráter, mas nos permite passar por circunstâncias penosas. Isso nos obriga a olhar para Cima. Aí Ele nos purifica: Isaías 6:6-7
Isaías acabara de confessar que era homem de boca impura. Decerto ele usava palavrões. Decerto contava piadas sujas.
Isaías tentou fugir: Senhor, não tenho boa saúde. Sou temperamenta. Sou brigão...
Aí o Senhor acaba logo com a polêmica: ”A tua iniqüidade foi tirada, teus pecados foram perdoados”.

PRINCÍPIO 3 – Deus nos dá esperanças para que compreendamos que somos úteis.

Para que você compreenda e perceba o impacto desse princípio, precisa atentar para este diálogo:
Isaías ouviu a voz do Senhor a indagar: “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?”. Disse Isaías – “Eis-me aqui, envia-me a mim!” (Isaías 6:8)
O texto começa assim: “DEPOIS DISSO,...” Mas depois de quê? Lógico que foi depois do problema que o levou à oração. Depois que Deus mostrou o que o profeta NÃO ERA. Depois que o serafim tocou-lhe os lábios com a brasa (os lábios eram a área crítica de sua vida).
Depois de tudo isso, da purificação, Deus lhe pergunta: “A quem enviarei?”

PRINCÍPIO 4 – Deus expande nossa visão para que façamos uma avaliação de nossa disposição para Ele.

A visão de mundo do profeta era muito estreita. Isaías era um palaciano. Estava acostumado àquela vida confortável do Rei.


PRINCÍPIO 5 – Deus nos revela a verdade para levar-nos a atentar para a realidade.

Isaías, com sua resposta, estava anunciando uma decisão importantíssima. Não poderia tratar-se de uma decisão emocional. Veja o que Deus disse para ele: Isaías 6:9-11
O Senhor não propôs algo sensacional. O Senhor não disse: Busque um cantor famoso! Mas Deus usou de grande franqueza.
O Senhor não disse: “Isaías, se você me servir, trarei milhões de pessoas para meu reino!” Esse não é o método de Deus. Pelo contrário, Ele diz que a tarefa seria grande! Nem sempre os frutos seriam empolgantes. Não sei se ele teria prazer em contar as vitórias.
Aí Isaías pergunta: “Até quando, Senhor?” Isaías estava tendo uma forte apreensão da realidade.
Queridos, não trabalhamos por relatórios ou resultados tangíveis. Mas, o que nos move é a certeza de que nos encontramos fazendo a Vontade de Deus. NO FLUXO DE SUA AUGUSTA VONTADE. Pongado na condução de sua vontade, se é que vocês me entendem. (lembram-se da diferença entre vontade e propósito?)

II – Vamos trazer para nós e para hoje a experiência

Já vimos a experiência de Isaías, que foi algo do passado. Não podemos viver de lembranças. Deus está mostrando seu plano para o mundo hoje.
O Velho Missionário foi o exemplo:
Eu acabava de ser batizado na IB de Maiquenique – BA. Era o casal mais 9 filhos. Aquele era um domingo de Assembléia da Igreja. O irmão Clodoaldo veio andando de Medeiros Neto (santiga Água Fria) com sua esposa, irmã Gera. O Velho Missionário disse: “Se você pôde vir a pé eu vou montado num burro”! Foram meus pais: 500 quilômetros, mais ou menos.
Naquela viagem, converteu-se um homem de nome Joaquim Aguilar; um bêbado contumaz. E Deus falou ao pastor Pacífico: “Quem vem para cá?” Ele responde: Eu, SENHOR!
Ele escreveu para a junta da Convenção Baiana, mas ela disse não ter, então,  condições para sustento missionário. Ele arranjou um caminhão, colocou a mudança e os filhos. Lá, organizou uma Escola Primária para ganhar o pão. O Senhor honrou e o sustentou. O Pastor Pacífico é o “APÓSTOLO DO EXTREMO SUL”. Deus tem seus instrumentos escolhidos e preparados. Às vezes, os lugares são os mais improváveis.
Uma anciã ligou a TV e viu o carnaval da Bahia e pediu: Deus, levanta alguém! E Deus nos inquietou para fazer do carnaval de Salvador um grande campo missionário. Hoje, o Impacto de Carnaval é uma realidade em todo o Brasil. Já alcançou muitos milhares de pessoas.


CONCLUSÃO

Meu irmão, você está pessoalmente envolvido com o plano de Deus para o mundo. Deus pode leva-lo para a África ou deixá-lo em sua terra. Qual é o seu sentimento acerca de missões? De paixão? De culpa? De insensibilidade? De obediência?
Ore. Se você não sabe ainda onde Deus quer que você fique, trabalhe com Ele.
Você diria hoje: “Eis-me aqui, envia-me a mim”?

           





As 5 pedras


 
As 05 pedras



Texto: 1 Samuel . 17. 40 ( E tomou o seu cajado na mão, e escolheu 05 pedras do ribeiro e pô-las no seu alforge de pastor, que trazia, a saber, no surrão e lançou mão da sua funda e foi-se chegando ao flisteu.

Tema: As 05 pedras que não podem faltar em nosso alforge.

Introdução: Era simplesmente uma pedra que ele usou para vencer Golias.

1ª Pedra da paciência

- (Salmo 40.1) Esperei com paciência no Senhor
- (2º Samuel cap. 5) Davi esperou debaixo das amoreiras
-(Jó) Paciente nas lutas, recebe a virória
-(Hebreus 6.15) Abrão esperou com paciência e alcançou as promessas.

2ª Pedra da coragem

- Davi era um menino, mas não fugiu de Golias
- Golias tinha uns 03 metros der altura, e tinha escudeiro
- Gideão - Vai na tua força homem valente
- Josué - Cap. 1.7 - Disse o Senhor: Sê forte e corajoso

3ª Pedra da esparança

- I Samuel 17.47 -Saberá toda esta congregação
- Habacuque. 3.17 - Ainda que a figueira não floresça
- Jó -19.25 - Eu sei que o meu redentor vive.

4ª Pedra da verdade

- Davi aumentou a fé de Saul quando falou do urso
- Juizes Cap. 6 - Gedeão falou a verdade, eu sou o menor
-Deus conta com os verdadeiros adoradores

5ª - Pedra da confiança

- V -45 - Tú vens a mim com espada
- Salmo 37.5 - Entrega o teu caminho
- Salmo 121 Elevo os meus olhos para os montes
- Salmo 121. Os que confiam no Senhor



Olá a todos

É com alegria que venho dizer a todos que tem visitado esse blog que a minha intenção  é única exclusivamente levar a palavra de Deus as pessoa que estão interessadas em aprender mais da palavra através de estudos elaborados e embasados na bíblia.
Também digo que muitos destes estudos não foram feitos por mim e tem os nomes dos respectivos autores no final dos mesmos,portanto não estou cometendo nenhum crime. Leiam e copiem se quiserem.
Peço que divulguem este blog, vamos fazer uma corrente para aprender mais da palavra de Deus, façam seu estudos e podem me mandar através do Email shand_cast@hotmail.com que estarei pulicando.


Conto com vocês para fazer essa obra

A paz do Senhor atodos

Sebastião Aparecido da Silva

domingo, 29 de setembro de 2013

A Águia e o Cristão


 
A Águia e o Cristão


TEXTO: Is.40:31
"Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças; subirão com asas como águia; correrão, e não se cansarão, andarão e não se fatigarão."


A águia é bonita, atrativa, perspicaz não simplesmente pela sua beleza natural, é porque ela tem a capacidade de se auto avaliar e se constantemente.

O dicionário Aurélio define águia de duas maneiras: ave de rapina e pessoa esperta.

Na Barsa ("Enciclopédia Britânica do Brasil Publicações Ltda., vol.1p.170) encontramos no verbete "águia", no início do texto: " A águia se destaca entre as demais aves de rapina pela beleza, força e majestade, qualidades que conquistaram a admiração do homem em todas as épocas. Ao longo da história, a imagem da águia figurou em emblemas, divisas guerreiras, escudos, e brasões nos quais foi o símbolo de força e dignidade.

Deveras a águia da ordem dos falconídeos, não anda em bando. Quando muito duas ou três de sua espécie, mesmo porque não é seu perfil ser mais uma na multidão dos que não sabem para onde vão.

A águia se "singulariza", se "eterniza", Oh! Quão imponente é o movimento ondulante, maravilhoso, do voo da águia, alvo de versos e canções.

Águia ou Urubu?

Vamos analisar rapidamente algumas características das duas aves.

Altitude do Voo:
Urubu: Voa alto
Águia: Voa Alto

Altitude: Visão macro é enxergar longe, é planejar e projetar alvos nunca atingidos. Não se contenta com os répteis, pois, rastejam, lembre-se das duas aves que voam alto.

Direção de voo

Urubu: Em círculos
Águia: Para frente

Direção de voo: Há pessoas que "voam, voam" e estão sempre no mesmo lugar já que voam em círculos. Produza, realize alguma coisa! chegue a algum lugar.

Dependência ao voar
Urubu: Necessita de voar em bando
Águia: Não depende de bando

Dependência: É importante interagir com outras pessoas ou grupos, mas não vá na "sombra ou vácuo", Não dependa de outros para suas realizações, saiba caminhar sozinho.

Visão ao Voar
Urubu: olha o tempo todo para baixo
Águia: Olha para frente

Visão ao voar: Olhar para baixo significa enxergar problemas, dificuldades, impossibilidades, críticas destrutivas, há pessoas que não realizam e não querem que você realize, As aves estão corretas na forma de olhar. O alvo da águia está em frente, e o do urubu em baixo: a carniça

Detalhe: A águia localiza a presa em pleno voo, mercê da agudeza de sua visão, desafiadora de grandes distâncias, que deve marcar a postura do jurista, não se conformando com as formas estereotipadas e estagnadas.

Características curiosa da águia, é a sua pálpebra dupla, servindo-lhe de instrumento na otimização do voo, a segunda membrana, transparente, funciona como um tipo de óculos escuro. Com isso enquanto as outras aves apenas veem a claridade do sol em seus contornos , a sua silhueta indelével. Ela conhece a luz! Assim o polido lidador do Direito, como "o prisioneiro na caverna de Platão, que foi libertador da escuridão, após muito esforço chega a fixar o sol, a contemplar o Bom, que o impulsiona a ações boas, a voltar a caverna para libertar os outros" ("Ética na vida do Milênio"- Coordenadores_ Maria Luiza Marcílio )

Na tempestade

Urubu: Interrompe o voo e desce procurar abrigo
Águia: Alça voo acima das nuvens que provocam a tempestade

Na tempestade: Procure fugir das nuvens (pessoas) carregadas que provoquem tempestades fortes descargas elétricas, não escolha descer e abriga-se em baixo onde residem os vencidos, Os vencedores sobem acima das nuvens (pessoas) geradoras de tempestades e continuam a voar livremente.

Alimentação

Urubu: Restos mortais
Águia: Seres vivos

Alimentação: Somos resultados daquilo que nos alimentamos, seria quase desnecessário escrever como os vencedores alimentam o físico e a alma, boa leitura, assistindo a bons programas, cultivando boas amizades, usando corretamente os recursos da natureza, etc. Somos resultados desses alimentos

"Cria em mim ó Deus um coração puro e renova em mim um espirito reto" Salmos 51:10.

É um erro pensar que o urubu passa por mais adversidades. Na vida da águia, as dificuldades começam muito cedo, no dia a dia muitos de nós queremos ser águias face aos seus atributos singulares, todavia, não nos esqueçamos que para ser o que é, ela passa por inúmeras adversidade vamos algumas delas.

1- Quando a mãe águia vai ensinar o bebê águia a voar procura a mais alta montanha e o lança para baixo, se ele não conseguir, a águia mãe se solta num voo arriscado e o resgata para lança-lo novamente do alto da montanha até que aprenda a voar, (dt 32:11- Como a águia desperta o seu ninho, adeja sobre os seus filhos e, estendendo as suas asas, toma-os e os leva sobre as suas asas....,)
2- A águia pode viver até setenta anos, mas aos quarenta anos ela está com três problemas:

a) Unhas compridas e flexíveis e não consegue agarrar as presas das quais se alimenta;
b) Bico alongado e pontiagudo curvado na direção do peito.
c) Asas envelhecidas e pesadas em face da grossura das penas.

Voar fica impossível! Ela tem duas alternativas: Morrer ou enfrentar um doloso processo de renovação que irá durar 150 dias:

Na primeira etapa ela deve voar para o alto de uma montanha e se recolher em um ninho próximo a um paredão onde não necessite voar; ela se recolhe solitária, pousando nas mais altas elevações dos penhasco e, sob a luz do sol, ela se aquece, retornando mais bonita.

Exemplo 1: Chega um certo tempo da vida em que as penas da águia envelhecem , e já não voam tão bem e nem são mais bonitas. Continuarei no próximo estudo.



As astucias de Satanás


 
As astúcias de satanás


2 Co 2.11

    Introdução:
    Satanás cheio de inveja, conseguiu dominar nossos primeiros pais, e com eles toda a raça humana. Somente pela regeneração poderá o homem livrar-se do poder de satanás. E mesmo depois de converter, a pessoa ainda passará por muitas tentações que tem por objetivo fazê-lo cair novamente.

1)    A diversão (2 Co 4.4; 1 Tm 3.7).
    Satanás sempre procura ocupar os pensamentos dos homens com as coisas temporais, com os prazeres da carne que passam logo, para evitar que pensem em Deus, na eternidade e nas coisas espirituais. Ele nega o caminho da redenção pelo sangue e substitui esta verdade pelas atraentes teorias falsas.

    2) Ilusão (Gn 3.4; 2 Ts 2.9-11).
    Satanás faz o homem pensar que poderá estabelecer a sua própria justiça através de boas obras e rituais religiosos.

    3) Vacilação (Mt 6.24; 2 Co 6.14,15).
    Muita gente pensa, que podem andar com Deus e com o mundo ao mesmo tempo. A Bíblia afirma que isto é impossível.
    4) Ceticismo - Doutrina dos que duvidam. (Rm 14.23).
    Por suas sutis insinuações, satanás semeia nos corações, suas maliciosas interrogações; no jardim é assim que Deus disse??serviu para envenenar o clima espiritual do mundo desde então (Gn 3.1-6).

    5) Trevas (Is 50.10; Rm 1.21).
    O príncipe das trevas mesmo os mais ilustres homens de Deus tem passado por esses repetidos ataques do maligno.

    6) Desânimo (Hb 6.1; 9.14).
    Às vezes é pelo desânimo que o inimigo procura vencer o crente. Não raras vezes satanás se utiliza de acusações falsas para provocar desânimo. (2 Co 12.1-10)  espinho de Paulo.

    7) Procrastinação - demorar, adiar, espaçar (Mt 24.48-51).

    8) Transigência contra o mal - abandonar a opinião própria para acreditar noutra mal.
    O diabo procura de toda maneira levar o crente a transigir a tolerar o mal. Uma parte desta trama satânica é o movimento ecumênico que visa unir todas as religiões sob uma só bandeira, (Ap 3.9; 2 Co 11.14,15)  o anticristo.

Como defender-se contra satanás.
Ef 6.11-17.

    Nos dias hodiernos, o inimigo muito sagaz, lança suas setas malignas de várias formas, nós os cristãos precisamos saber como nos defender.

    1) Perceber as maquinações e espertezas dele. (2 Co 2.11)  Porque não ignoramos os seus ardis? precisamos saber que ele luta continuamente para levar vantagens sobre nós e para nos desviar da nossa devoção sincera a Cristo (Ef 6.11).

    2) Não dar lugar a ele (Ef 4.26,27).
    Irai-vos mais não pequeis, não se ponha o sol sobre vossa ira; não deis lugar ao diabo.

    3) Resistir-lhe (Tg 4.7)
    Sujeitai-vos a Deus, resisti a diabo e ele fugirá de vós. Resistir, não aceitar, virar as costas.

    4) Ser sóbrio e vigilante (1 Pe 5.8).

    5) Vencê-lo (Ap 12.11).
    E eles o venceram pelo sangue do cordeiro e pela palavra do seu testemunho.

Como :
    a) Pela palavra (1 Jo 2.4), que é a espada do espírito.

    b) Pelo sangue e pela palavra do testemunho (Cl 2.14,15)

    c) Em Cristo (Ef 1.19-22; 2.6; Jo 10.28).

    A vitória de Jesus sobre satanás é nossa também, mas é imprescindível que permaneçamos nele e que o poder do Espírito santo opere em nós.
    
    6) Revestindo-se da armadura de Deus. (Ef 6.10-18).
Você é um soldado do exército de Deus.

    Então, hoje, devemos acordar para a batalha espiritual que já começou.
Batalha espiritual é semelhante a uma luta espiritual.
E satanás é o adversário mais sujo que pode existir.

Ele é aquele adversário que quando o lutador cai no chão, ele vai para cima e continua batendo sem dó. O quanto mais desonesto for, melhor para ele. Devemos estar atentos. Pois a batalha já começou e DEUS nos chamou para fazermos parte de Seu exército. Você é um soldado do exército de Deus.

Atitudes de um soldado do exército de Deus atitudes de um soldado do exército de Deus.

    1 - Respeita as ordens superiores.

a) Deus manda nos fortalecermos na Sua força. (EF 6,10)
Buscando a Deus a todo o momento (2 Co 12 : 7.10), ( Busquemos a graça de Deus), Joel 3,10

b) Deus nos manda estar firmes. ( EF 6, 11,13,14 ), Três vezes Paulo repete a mesma coisa (Estais firmes) pois o diabo quer nos enfraquecer. Quem irá nos fortalecer é Ele, aguente firme.

c) Deus manda nos revestirmos de toda a armadura de Deus. (EF 6,11), Devemos buscar todo dia o Espírito Santo. Fruto do Espírito (Quem tem um tem todos). Dons serão derramados conforme a nossa necessidade.
     2- Está sempre preparado para a guerra.
    a) O bom soldado carrega as armas corretas. (EF 6,11)
    Nossa força está no Senhor, nossas armas são espirituais (exemplo de Davi 1 Sm 17).

    * São elas:
    1 - Armas de defesa:
    a) Capacete da salvação. (1 Ts 5.8) É a proteção mental da esperança da salvação.
    b) Couraça da justiça. (Rm 8.33) Vestimenta protetora contra as acusações de nosso adversário.
    c) Escudo da fé. (Ef 6.16; 2 Cr 20.20 b). Apaga todos os dardos inflamados do maligno.
    d) Calçado do evangelho da paz. (Sl 119.105; 165). O único que livra do tropeço e ilumina o caminho.
    e) O sangue de Jesus. (1 Jo 1.7). Poderoso contra o pecado.

    2 - Armas de ataque:
    a) Cinto da verdade. (2 Co 13.8). É o instrumento libertador (Jo 8.32), pois nada pode contra a verdade.
    b) Espada do Espírito. (Dt 33.29; Hb 4.12). É a palavra de Deus, ela é como um raio preparado para matar o inimigo.
    c) O sangue de Jesus (Ap12.11). Poderoso contra satanás.
    d) A oração (Sl 18.3-17). Esta mantém as armas carregadas prontas para entrar em ação.
    e) O nome de Jesus (Fl 2.9). Simplesmente imbatível diante das armas do inimigo.
    3 - Arma estratégica:
    Jejum e oração (Mc 9.29).
    4 - Arma de apoio:
    Anjos de Deus (Hb 1.14). Trabalham a nosso favor.
    Conclusão:
Não adianta querer se enganar, pensando que o diabo não vai atacar você. Pois o inimigo dele é Deus, e consequentemente todos aqueles que o servem. Devemos estar atentos a todo o momento, pois não é uma brincadeira, e sim uma luta onde o nosso inimigo não mede esforços para nos atacar.

Jamais se desespere, pois o nosso comandante é Cristo e ele não vai nos deixar sozinhos (Ef 1,3 ).




Amigo Fiel

  
O amigo fiel


Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desesperados;
Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos. ( 2 Co 4.8,9).


Introdução

Se experimentarmos a presença de Cristo e seu poder em nossas vidas, nenhuma aflição, perturbação, enfermidade ou tragédia, provocara a nossa derrota espiritual. Quando as circunstância exteriores se tornam insuportáveis e nossos recursos humanos se esgotam, os recursos divinos nos são dados para nos aumentar a nossa fé e a nossa esperança.

( Rm 8.35,38,39).

Quem nos separara do amor de Cristo

(a) A tribulação?
(b) A angustia?
(c) A perseguição?
(d) A fome?
(e) A nudez?
(f) O perigo?
(g) A espada?

38). Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades,
39). nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.


37). Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou.

1Co15.57). Mas graça a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo
.
2 Co2.14). Graças, porém, a Deus que em Cristo sempre nos conduz em triunfo, e por meio de nós difunde em todo lugar o cheiro do seu conhecimento;

1 Jo 4.4). Filhinhos, vós sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo.
1 Jo 5.4).
porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.

(1) Atribulados, mas não angustiados.

Ver 2 Co 7.9,6). Porque, mesmo quando chegamos à Macedônia, a nossa carne não teve repouso algum; antes em tudo fomos atribulados: por fora combates, temores por dentro.
Mas Deus, que consola os abatidos, nos consolou com a vinda de Tito;

(2) Perplexo, mas não desesperados.

(Leia o Salmo 121). Este salmo nos assegura. Que quando estamos em desespero; o Senhor é nosso socorro, não se desespere

(3) Perseguidos, mas não desamparados.

2 Tm 3.11).
as minhas perseguições e aflições, quais as que sofri em Antioquia, em Icônio, em Listra; quantas perseguições suportei! e de todas o Senhor me livrou.

Sl 34.19). Muitas são as aflições dos justos, mas o Senhor o livra de todas.

(4) Abatidos, mas não destruídos.

Sl 37.24).
ainda que caia, não ficará prostrado, pois o Senhor lhe segura a mão.

Sl 113. 7,8). Que do pó levanta o pequeno e, do monturo, ergue o necessitado, para fazer assentar com os principies, sim, os príncipes do seu povo

Mq 7.8).
O inimiga minha, não te alegre a meu respeito; quando eu cair, levantar-me-ei

O inimigo das nossas almas quer ver é a nossa queda, a nossa destruição. Olha o que a bíblia diz:
Em João 10,10). O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância.
- Roubar á nossa paz, nossa felicidade, nossa alegria.
- Matar á nossa vida espiritual.
- Destruir vidas, o nossa futuro, nossas famílias, nossos sonhos, enfim.

Mas Jesus disse eu vim para que todos tenham vidas e vidas com abundância.


A pedra e a espada

A pedra e a espada

Pelo que correu Davi, e, lançando-se sobre o filisteu, tomou-lhe a espada, desembainhou-a, e o matou, cortando-lhe com ela a cabeça. Vendo os filisteus que era morto o seu herói, fugiram.

I Sam. 17:48-58


A pedra derruba o gigante, mas quem mata é a espada.

O evangelho de hoje tem se caracterizado por tontear gigantes. Ficamos com dó de matá-lo, afinal de contas ele também é filho de Deus?!!.

A pedra tirada do alforje representa a unção, que derruba o pecado. É o impacto da conversão, do recebimento do Espírito Santo. Quando o homem é confrontado ele faz menção de permitir que Deus extermine o pecado em sua vida. O pecado chega a tombar, fica desfalecido, finge-se de morto. Infelizmente, neste ponto, tem entrado em cena a turma do deixa disso: Não vamos ser radicais!
O gigante precisa morrer, mas, pensando bem, ele tem a sua beleza: bem vestido, imponente, está coberto de bronze; impressiona.

A maioria dos cristãos chega a tontear o gigante do pecado, mas na hora de matá-lo falta-lhe a coragem. Se comportam como os egípcios quando foram atacados pela praga das rãs; não podiam exterminá-las de dentro de suas casas pelo simples motivo de que as rãs eram animais sagrados. Faraó roga a Moisés e a Arão que intercedam junto ao Senhor para que as rãs fossem tiradas - Êxodo 8:1-8.
O homem está tão acostumado ao pecado, que mexer com ele é mexer com sua própria carne. Alguns pecados são de estimação, chegam a ser sagrados. À semelhança das rãs, os pecados incomodam muito, cheiram mal, interferem com tudo dentro de casa, porém, é impossível exterminá-los, a não ser que o Senhor intervenha:
E Moisés clamou ao Senhor por causa das rãs e o Senhor fez conforme a palavra de Moisés e as rãs morreram nas casas, nos pátios e nos campos Êxodo 8:12-13.

Evangelho só com pedras, sem espada, é um desastre. Mais cedo ou mais tarde o gigante vai se levantar, mais enfurecido, mais desafiado a revidar a sua queda.

A palavra de Deus nos exorta a que permitamos a obra completa de Deus em nossa vida:

Efésios 6:17 Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus.

Hebreus 4:12 Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração.

Palavra sem unção não mata o gigante porque a sua força é muito grande.
Unção sem palavra pode deixá-lo tonto e até derrubá-lo. Mas gigante não foi feito apenas para ser derrubado; se não for para matá-lo é melhor nem mexer com ele, pois se ele se levantar o estado da pessoa se tornará pior do que antes Mat. 12:43-45.

As cinco pedras, muitas vezes tem tipificado alguns tipos de unções modernas que tem assolado a igreja dos nossos dias:

-    Carisma em vez de unção
-    Shows em vez de adoração
-    Filosofia em vez de doutrina
-    Amor sem disciplina
-    Entretenimento em vez de santidade

É necessário e urgente que a autoridade e soberania do cristão sejam restabelecidas nos dias de hoje. A unção da pedra que derruba o pecado deve sempre estar acompanhada do poder da palavra que faz com que ele não fique intimidando o cristão no decorrer de sua vida.

Imaginemos por um instante se Davi tivesse se conformado apenas em derrubar o gigante com uma das pedras do seu alforje, sem fazer o serviço completo. Quem seria capaz de conter um gigante ferido e irado, procurando vingança a qualquer preço?

Porque Davi tinha consciência de que a obra que o Senhor tinha para ele precisaria ser completa, ele, assim que viu o gigante caído, correu, e, lançando-se sobre o filisteu, tomou-lhe a espada, desembainhou-a, e o matou, cortando-lhe a cabeça I Samuel 17:51.
Em consequência do seu trabalho, os homens de Israel, que antes temiam o gigante e fugiam de diante dele (v. 24), agora ficaram cheios de coragem e perseguindo os filisteus lhes despojaram os acampamentos.

Davi transformou a própria arma do gigante em seu instrumento de morte, porque o Senhor era com ele. Quando acordamos para o fato de que Deus tem poder para reverter situações, até mesmo transformando as armadilhas de Satanás em armas contra ele mesmo, não haverá gigante que permanecerá de pé diante de nós, muito menos vivo.

Toda a arma forjada contra ti, não prosperará; toda língua que ousar contra ti em juízo, tu a condenarás; esta é a herança dos servos do Senhor, e o seu direito que de mim procede, diz o Senhor - Isaías 54:17.




quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Bíblia Sagrada - Teologia do Evangelho

INTRODUÇÃO



                        O ÁPICE DA TEOLOGIA




                        “Havendo Deus outrora falado muitas vezes e de muitas maneiras aos pais pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho”. (Hb.1:1)

                        O Velho Testamento apresenta uma revelação progressiva de Deus na medida que seu povo ia andando com ele, ou mesmo quando deixava seu caminho. Em todas as situações da história de Israel, Deus veio se revelando paulatinamente. Nesse percurso, vários nomes foram usados para Deus. Cada um representava o nível de revelação alcançado. Tais experiências vinham ocorrendo juntamente com a preparação de uma linhagem especial. Deus chamou Abraão e dele formou um povo inumerável. Dentre esse povo foi separada uma tribo : Judá. Nessa tribo foi escolhida uma família : a casa de Jessé. Desse tronco veio o ápice da revelação de Deus na história da humanidade. Da raiz de Jessé veio Jesus, o Verbo Eterno de Deus. Jesus Cristo é o ponto máximo da manifestação de Deus aos homens.

                         No passado, o conhecimento divino se dava através de visões, mensagens, sonhos, etc. No Novo Testamento, Deus vem em pessoa humana, em carne e osso, para que o homem o conhecesse como nunca antes. Jesus é o resplendor da glória do Pai e a expressa imagem da sua pessoa (Hb.1:3). Muitos não tiveram o privilégio de estar ao lado de Jesus durante sua vida terrena. Para esses, entre os quais estamos nós, Deus providenciou que a vida, a obra e a mensagem de Jesus fosse registrada, afim de que, por meio de tais registros viéssemos a crer nele e conhecê-lo experimentalmente. Tais escritos são os Evangelhos. Neles temos o glorioso testemunho daqueles que viram e tocaram na Palavra da Vida (I Jo.1:1).

                        Nesse estudo, procuraremos focalizar, de modo sucinto, a teologia dos quatro evangelhos. Nos dedicaremos a extrair a visão teológica de cada um de seus escritores, de maneira que possamos aprender um pouco mais sobre a luz que a encarnação do Verbo lançou sobre a teologia bíblica. 












                        A TEOLOGIA DE MATEUS

                       

                        O primeiro evangelho desenvolve uma teologia da história: Deus faz história com o homem de maneira única e decisiva em Jesus, Cristo e Filho de Deus. Ao cumprir a Aliança por total submissão à vontade de seu Pai, Jesus abre o futuro da Igreja e do mundo à realização das antigas promessas; transforma o presente dos homens em esperança para sempre.
                       
                        Mateus apresenta, intimamente ligados, o itinerário terreno de Jesus revelando-se pouco a pouco às multidões enquanto formava seus discípulos, e a construção progressiva de sua Igreja, comprovação para o mundo da presença do Reino dos Céus.

                       
                        1 - JESUS  CRISTO, SENHOR DA IGREJA

                       
                        O Ressuscitado anima a sua comunidade com sua presença e atuação. Dela é efetivamente, o “Senhor”, realizando a primeira profecia consignada no evangelho... “e o chamarão com o nome de Emanuel, o que traduzido significa : Deus está conosco” (1:23).


                        MESSIAS DE ISRAEL

                       
                        Jesus é o Messias esperado por Israel e anunciado pelas Escrituras. Mateus o afirma claramente diante do particularismo judaico exacerbado após a queda de Jerusalém. Desde o primeiro capítulo (1:1,16,18  16:20  27;17), Jesus é chamado “Cristo”, quer dizer, “ungido” de Deus. Sua genealogia estabelece sua filiação de Davi e de Abraão. Por se o Messias em quem confirma a longa história das benevolências divinas, compete-lhe a última palavra; ele é o Salvador que Moisés prefigurava.
                       
                        O evangelho da infância explicita, com o auxílio dos profetas, a maneira como Jesus realiza as esperanças judaicas; Mateus atribui-lhe os títulos messiânicos tradicionais. Segundo o anúncio profético, ele nasce em Belém, cidade real; é verdadeiramente “Filho de Davi” (9:27  12:23  15:22  20:30-31). Mas Mateus rejeita o conceito de um Messias nacionalista que seus contemporâneos criaram. A fim de corrigi-lo, apela para a figura do “Servo” de Deus (8:17  12:18-23), extraídas de Isaías (Is.42:1-4); ele é rei (21:5  2:2  27:11,39,42). De toda maneira, são as Escrituras que, incessantemente, autenticam sua identidade.


           


                        O ISRAEL REALIZADO



                        Ao ressaltar a realização em Jesus das expectativas messiânicas alimentadas pelo povo eleito, Mateus determina dois tempos da comunidade da salvação: o Israel realizado e o Israel irrealizado. Através do evangelho cresce, de um lado, uma tensão entre aqueles que procuram Jesus e prendem-se a ele - multidão e discípulos -  e de outro, os “escribas e fariseus”, intérpretes titulares das Escrituras que, através dos “sumos sacerdotes e anciãos”, representantes oficiais do povo , são notórios adversários de Jesus. Este denuncia sua hipocrisia, não para rejeitá-los mas para fazê-los compreender sua recusa da realização que os pagãos vão acolher.

                        A inversão aparece tanto no início como no termo do evangelho: magos, astrólogos idólatras, descobrem o Rei dos Judeus (2:2), enquanto o rei Herodes quer matá-lo (2:16); o pagão Pilatos tenta agraciar Jesus (27:21-24), enquanto o povo da aliança recusa reconhecê-lo não sem chamar sobre si seu sangue redentor (27:25). Assim se consuma na Paixão o que  a infância anunciava. A parábola dos vinhateiros homicidas o indica com clareza: tomando sobre si a sorte dos profetas (21:39  23:34-36), Jesus, Filho de Deus, assume o pecado de Israel infiel à Aliança. Salva-o, ao mesmo tempo, pois se denuncia sua caducidade como povo particular, abre-o à universidade eclesial. A afirmação de Jesus: “O Reino de Deus vos será tirado e confiado a um povo que produza seus frutos” (21:43) anuncia a entrada na Igreja dos pagãos que acatam a gratuidade da salvação. Ao mesmo tempo, Jesus julga o Israel perseguidor (10:22-23  22:7  23:35) com carinho e faz-lhe ver sua recusa e a esperança de uma conversão (23:37-39).

                        A instituição eucarística, da qual Jesus faz sinal de seu sofrimento e sua morte, dá à aliança sua forma definitiva e seu significado decisivo em “o sangue do inocente”(27:4) “derramado por muitos para o perdão dos pecados”(26:28). A paixão de Jesus justifica a existência do Israel realizado, da qual a comunidade de Mateus faz parte. O centurião e os soldados do Calvário lhe são as primícias: no meio da assembléia dos santos ressuscitados, ele confessam a divindade de Jesus, cuja morte aparece, em Mateus, como uma “teofania”, uma aparição de deus (27:51-54). O Messias de Israel torna-se assim a esperança das nações (12:21), realizando “a Galiléia das nações”(4:15); é da Galiléia, com efeito, que os discípulos partem, no final do evangelho (28:16-20), para a missão universal.


                        O MESTRE TRAZ O REINO DOS CÉUS


                        Como autêntico Messias, cumprindo a expectativa de Israel, Jesus traz a todos os homens “o Reino dos Céus”. Este último aparece como força de cura e proclamação de uma mensagem de felicidade (4:23  9:35). Os “milagres”, ou antes, os “gestos de poder” de Jesus apresentam-se como sinais de sua missão (9:33  11:2,6  19:15,31). Ele próprio age como Servo obediente que executa a vontade salvadora de Deus, encarregando-se das enfermidade e das fraquezas dos homens (8:17). Ele usa de doçura e de piedade, atento em aliviar os seres sofredores e desprezados, e , mais ainda, em perdoar os pecados (1:21  9:2).


                       
                        O ADVENTO DO FILHO DO HOMEM



                        Com Jesus, o Reino dos Céus aproximou-se do homem (3:2  4:17). Esse Reino cresce como uma semente (13:4-9) que abre caminho através do joio (13:24-30) e torna-se árvore frondosa. O termo deste crescimento é a “parusia” do filho do Homem (24:3,27,37,39), feliz entrada na história humana da misteriosa personagem de Daniel 7:13, tornada carne em Jesus, o Rei-pastor, juiz e salvador das nações (25:31-46). Inaugura, então, o Reino definitivo de Deus: através de sua morte e ressurreição, Jesus dá início aos últimos tempos (24:42,44). Daí em diante, a cada momento, no terreno da história onde a vigilância dos homens deve desenvolver-se, o Filho do Homem vem em seu Reino. No fim do mundo, o Reino do filho se identificará com o do Pai (13:41-43).

                        Para Mateus, o Filho do Homem é realmente o Filho do Deus Vivo. Antes de tudo, ele evoca a concepção virginal do Cristo (1:16,20), operada pelo Espírito santo; depois, a sua entronização messiânica no batismo, quando a voz do pai proclama a todos: “Este é o meu Filho Amado”(3:17). O hino de júbilo e louvor (11:25-27) realça a consciência que Jesus tem de sua filiação divina; esse aparece nas relações com seu Pai e na discussão sobre a identidade do Messias, Filho de Davi (22:41-45).



                        2 - A IGREJA DO SENHOR JESUS


                        Os cinco grandes discursos de Jesus desenham o perfil da vida em Igreja. Essa encontra-se reunida (10:1), instituída (16:18) e enviada (28:19-20) por Cristo. Por sua inserção no quadro da atividade histórica de Jesus, os discursos provam que é ele a regra viva e única do comportamento dos discípulos.


                        O ESPÍRITO DA COMUNIDADE


                        Os cristãos devem ser pessoas felizes, convidados a descobrir, no fundo das situações exteriormente menos favorecidas, uma plenitude nova: aquela que Jesus Cristo vive e da qual dá-lhes compartilhar. Essa é a mensagem primordial, a das “bem-aventuranças” (5:3-10); nela devemos ver um apelo para ir avante em vez de um conselho à resignação. A promessa feita em cada uma das bem-aventuranças diz respeito ao Reino de Deus, já presente pela vinda de Jesus (5:3,10), mas continuamente por receber, como realização definitiva (5:4-9).
                       
                        A “justiça” reclamada por Jesus (5:20,47) radicaliza as atitudes ordenadas pelo Lei e instaura novas relações fraternas no seio da comunidade. Exortando seus discípulos a promover o acolhimento mútuo e a reconciliação, a fidelidade conjugal e o respeito ao lar alheio, a verdade no diálogo, a benevolência humilde e generosa diante dos aproveitadores e mal-intencionados, e sobretudo o amor aos inimigos, Jesus parece prescrever-lhes uma perfeição impossível; convida-os a imitar a própria perfeição do Pai celeste. Com efeito, o essencial desses preceitos repousa na pessoa de Jesus e na revelação que ele faz de Deus; o agir de seu Pai, que se torna nosso Pai, é apresentado como modelo da ação do discípulo. Mister se faz, então, que a própria força de Deus permita-lhe realizar este impossível, sem diminuir-lhe a responsabilidade da conduta, pela qual será finalmente reconhecido (12:23) e julgado (7:23  25:40,45).



                        O SERVIÇO MISSIONÁRIO


                        A comunidade reunida por Jesus é automaticamente missionária, pois a missão nada mais é do que a participação do discípulo na ação do Mestre (10:24-25). As condições do testemunho prestado pelos enviados juntam-se à mensagem das bem-aventuranças: como seu Mestre, o discípulo terá de sofrer, mas o espírito de Jesus é prometido ao perseguido (10:20  12:28); o enviado é mensageiro da paz, mas nem sempre bem acolhido, e sua vinda será, por vezes, sinal de contradição. As lutas que, em nome de Cristo, colocam os irmãos em oposição (10:35-36), anunciam uma paz superior que nasce dolorosamente através da longa história do choque das liberdades humanas (24:8).


                         A TEOLOGIA DE MARCOS



                        É interessante observarmos que Marcos sustenta um tipo de “economia da revelação”. A confissão de Pedro marca-lhe a vertente. Antes dela, Jesus ao mesmo tempo se revela como Messias e exige ciosamente o segredo desse fato (1:34,44 3:12  5:43  7:36  8:26), revelação e segredo que atingem seu ponto culminante na confissão de Pedro (8:29-30). Por outro lado, os discípulos nada entendem do mistério de Jesus (4:41  6:51  8:16-21).

                        Depois da confissão messiânica, os discípulos continuam a mostrar a fraqueza de sua fé (9:18), mas o tema de sua ininteligência se concentra daí em diante na sorte de Jesus, e não mais apenas em sua missão (8:32). Se a menção do filho do homem já foi feita em 2;10,28, tratava-se então de seu papel terrestre. Enfim nenhum segredo é exigido do cego de Jericó que proclama em Jesus o Filho de Davi (10:46-52). Em contraprova, a intenção de Marcos poderia se confrontada com a de Mateus. Este antecipa a liberdade de proclamação em Mt.9:27  12:23  1:22  14:33. Segundo Mateus, Jesus assume antes da confissão de Pedro seu papel escatológico.

                        Marcos parece, portanto, ter querido distinguir na revelação do evangelho dois períodos: o mistério do Messias e o do Filho do homem - sendo que o segundo aprofunda o primeiro.

                        Examinando-se os pormenores, é claro que muitos matizes podem ser apresentados e uma dúvida razoável subsistirá sobre a intenção última de Marcos. Por exemplo, pode-se perguntar se os milagres da mulher sírio-fenícia e do surdo-mudo (7:24-37) devam ser vinculados à primeira ou à segunda multiplicação dos pães; se a confissão de Pedro (8:27-30) é somente conclusão da primeira parte ou introdução à segunda; se a discussão sobre a autoridade de Jesus (11:27-33) deve ser unida às três controvérsias que seguem. Ao contrário, parece mais seguro afirmar que os três anúncios da Páscoa anunciam teologicamente o início da segunda parte; isto explicaria como os matizes topográficos (9:30,33 10:1) tenham sido absorvidos na apresentação catequética da passagem. Quando muito, pode-se ver na “subida a Jerusalém”(10:32) o suporte topográfico que, em Lucas tomará valor teológico.


                        PERSPECTIVA DOUTRINAL


                        A moda crítica falou outrora do “paulinismo doutrinal de Marcos”. Loisy, por exemplo, via no segundo evangelho uma “interpretação paulina... da tradição primitiva”. Mas, pouco depois, A. Schweitzer e M. Werner mostravam que não se podia reconhecer em Marcos o vestígio de uma influência doutrinal de Paulo. As idéias paulinas características estão ausentes, somente os temas do Cristianismo primitivo aparecem.

                        O vocabulário sugere, quando muito, que Marcos viveu num meio paulino e talvez tenha conhecido I Tessalonicenses e Romanos. Mas o vocabulário da justiça, da prova, da salvação aí não se encontra. Por outro lado, ao contrário, o final canônico posterior de Marcos 16:9-20 apresenta numerosos contatos com as cartas paulinas.


                        JESUS, O FILHO DE DEUS


                        O título do livro fixa a intenção de Marcos : “Começo do evangelho de Jesus Cristo, o Filho de Deus”. Eis como Jesus mostra que é o Filho de Deus. alguns manuscritos não trazem estas últimas palavras, mas sólidas razões de crítica textual autorizam a sua retenção.

                        Contrariamente a Mateus, que semeia com abundância o epíteto de Filho de Deus, Marcos reserva seus efeitos, porque se trata provavelmente para ele do título teológico. Além da confissão do Filho de Deus pelos demônios num relato (5:7) e um sumário (3:11) , a expressão se encontra nos pontos culminantes do evangelho : pela voz de Deus no batismo (1:11) e na transfiguração (9:7), enfim na boca do centurião que , em nome dos pagãos, proclama a eficácia da morte de Jesus: “Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus” (15:39). O segundo evangelho quer, portanto, revelar aos pagãos a boa nova: Jesus Cristo é o Filho de Deus, no sentido próprio e não somente no sentido messiânico.

                        Esta sobriedade na apelação de Filho de Deus se reflete no uso dos outros títulos. Habitualmente, trata-se de Jesus (81 vezes), nunca de Cristo Jesus, e de Jesus Cristo comente em 1:1 e 16:19. O termo Cristo não se encontra nunca na boca de Jesus e deve permanecer sigiloso (8:29). Os títulos de Filho de Davi (10:47 e 12:35), de Profeta (6:15 8:28), de Senhor (11:3  7:28) são excepcionais.

                        Correntemente, Jesus é chamado de Mestre, mas o título que Jesus reivindica é o de Filho do Homem, e isto nos introduz mais adentro na mensagem característica do segundo evangelho.


                        JESUS, O FILHO DO HOMEM


                        O evangelho é um “apocalipse”, porque a vinda do Senhor é um mistério. Mateus o apresenta sob o aspecto do Reino dos Céus; Marcos o concentra sobre a figura de Jesus, que é o Reino em pessoa. tudo converge em Marcos para o mistério do Filho do Homem.

                        Segundo a primeira interpretação, tomada, por exemplo, por Lagrange, Filho do Homem não seria um título messiânico corrente; a passagem das Parábolas de Henoc que fala disto seria uma interpolação cristã. A expressão deveria ser relacionada à tradição de Ezequiel. Ela equivaleria a “o homem que sou, para atrair a atenção sobre sua pessoa, sem tomar abertamente, e por assim dizer, oficialmente, o título de Messias”. Somente o contexto evidente de glória em 13:26 e 14:62 estabeleceria uma ligação coma profecia de Daniel.



                        A TEOLOGIA DE LUCAS


                        Na literatura do Novo Testamento, por muitas razões, a obra de Lucas é original.

                        Enquanto Mateus, Marcos e João se concentram, aparentemente, apenas na vida de Jesus, Lucas divide seu trabalho em dois volumes, o evangelho e os Atos; distingue, assim, com maior clareza, o tempo de Jesus e os primórdios da Igreja.

                        Desde a primeira frase, Marcos tem o “evangelho” como referência de seu projeto literário. Mais modestamente, Lucas declara fazer um “relato” de tudo o que se passou.

                        Lucas é o mais grego dos autores do Novo Testamento. Maneja com certa elegância a língua comum falada então; preocupa-se em ser compreendido pelos ouvintes poucos afeitos às tradições judaicas; o leitos ocidental moderno sente-se logo a vontade em sua companhia.

                        A delicadeza de Lucas foi sempre realçada. Poetas como Dante apresentaram-no como o evangelista da “mansuetude de Cristo”; pintores, como Rembrandt nele encontraram fecunda fontes de inspiração. Relatos como o do filho pródigo ou dos discípulos de Emaús ficaram bem retidos na memória dos cristãos, e todos os movimentos do despertar religioso ao longo dos tempos, a começar pelas ordens religiosas procuraram um modelo na descrição da primeira comunidade em Jerusalém.





                        A VIDA DE FÉ


                        De Lucas 9:51 a 13:21, caso façamos uma subdivisão neste ponto, o evangelista orienta a atenção dos leitores  para a vida de fé: que significa tornar-se discípulo? Que conduta adotar para permanecer neste estado ? Alguns temas fundamentais da fé e da ética lucanas aparecem: a pertença a Deus e a seu Cristo como uma atitude de ruptura (abandono da família , de seus bens, de seus privilégios sociais etc.); uma vida de crença marcada pela oração e pela confissão de fé; a obediência que contrasta com a dos fariseus; esta obediência é caracterizada pela confiança unicamente em Deus e pela vigilância. Não se trata de vidas mais ou menos morais, mas da vitória de Satanás ou de Deus (10:18), de vidas prisioneiras do Diabo (13:16) ou submissas a Deus, um Deus que não é o justiceiro, mas o Deus atento cuja benevolência foi revelada aos humildes. Existe, pois, um contraste, uma oposição, entre aqueles que aceitam a mensagem e os que a rejeitam: “Pensais que vim estabelecer a paz sobre a terra? Não, eu vos digo, mas uma divisão”(Lc.12:51). Jesus é o sinal eficaz do amor de Deus. Para representar o Pai, Lucas coloca o Filho em cena. Os discípulos e os fariseus representam os crentes e os incrédulos.

                        Mas, para que esta manifestação do Reino chegue aos homens, urge haver intermediários : Jesus, primeiro, os Doze a seguir, depois os Setenta e dois cujo apelo e missão abrem esta parte do Evangelho (Lc.10:1-11).  É significativo que Lucas conceda um lugar privilegiado a essa missão: o discurso de envio que a Coleção de Logia associava ao mandato dos Doze, é por Lucas ligado à expedição dos Setenta e dois. A missão dos doze prefigura a evangelização de Israel, enquanto a dos setenta e dois antecipa a vocação universal dos gentios, bem encaminhada no tempo do evangelista. Se ele dá uma atenção discreta à primeira, atribui uma importância decisiva à segunda.


                       

                        A TEOLOGIA DE JOÃO

                       
                        MUDANÇAS DE PERSPECTIVA


                        Um certo número de dados que ocupavam um lugar capital nos evangelhos sinóticos são no quarto evangelho como que relegados para o segundo plano ou transformados. É assim que o anúncio do Reino, tema fundamental da pregação de Jesus nos sinóticos, não aparece em João senão uma ou duas vezes: 3:3-5 e também 18:36. Ele é substituído pelo tema da vida, conhecido aliás já dos sinóticos que estabelecem a equivalência entre “entrar no Reino”  e “entrar na vida” (Mc.9:43  10:17  Mat.18:3  19:17  Lc.18:29-30). Mas, enquanto neles a vida é sempre um bem puramente escatológico (salvo em raras passagens como Lc.15:32), no quarto evangelho, ao lado de passagens em que a palavra “vida” conserva este sentido, há um grande número de outras em que ela constitui um bem divino possuído desde agora.

                                  

                        Os sinóticos nos oferecem todo um conjunto de ensinamentos morais sobre as condições de entrada ou de existência no Reino: a pureza de intenção, a prece, o jejum, a esmola, a castidade, a fidelidade conjugal, o desapego das riquezas. No quarto evangelho, Jesus fala, sem dúvida, da necessidade de guardar os mandamentos, mas ele não se explicita sobre nenhum ponto particular. Toda a moral de Jesus é relacionada ao mandamento do amor fraterno inculcado com grande instância (13:34-35  15:12  17:17-26). É claro, aliás, que as bases desta poderosa unificação se encontram nos sinóticos.


                        ESCATOLOGIA


                        Outra modificação de grande importância: o recuo incontestável no quarto evangelho sob o ângulo escatológico; nenhum trecho apocalíptico do gênero do apocalipse sinótico, nenhuma menção da vinda do Filho do Homem sobre as nuvens, nenhuma descrição das côrtes do juizo final. A manifestação da glória de Jesus (1:14  2:11  11:4,40) , a salvação (5:24,27), o julgamento (3:18,19) são parcialmente atualizadas. Contudo, o aspecto escatológico da mensagem cristã não é rejeitado, e nada nos permite considerar como adições adventícias ao texto primitivo as passagens sobre a ressurreição corporal do fim dos tempos (5:28-30  6:39,40,44,54). É que a mística de João não é absolutamente uma mística intemporal; ao modo dos profetas e diversamente dos gregos, João conhece um progresso dos tempos, progresso que, como nos sinóticos, é ligado à pessoa de Jesus. Apenas, muito mais do que seus antecessores, ele acentua esta idéia de que no Cristo já se encontra o cume ou o fim da história do mundo. Pela morte de Jesus, o mundo é vencido e o príncipe deste mundo banido (12:31  16:33); eis porque esta morte é a “consumação” escatológica (19:30).
                       


                        A CRISTOLOGIA


                        Nos sinóticos como se disse acima, o anúncio do Reino ocupa um lugar considerável; ligado ao Reino de Deus, a pessoa de Jesus não é esquecida (Mt.11:26-30), mas não tem tanto lugar na pregação; um segredo até a envolve, e Cristo proíbe aos demônios (Mc.1:24) e também aos discípulos (Mc.8:30) de desvendarem sua identidade. Em João, ao contrário, é a revelação da personalidade divina do Salvador que aparece por toda a parte em primeiro plano; aqui nada de parábolas do Reino, mas duas parábolas-alegorias (o bom pastor e a vinha) relativas a esta revelação. O argumento principal do quarto evangelho, que será exposto, na síntese doutrinal, é , com efeito, este: que o Filho de Deus encarnado foi enviado pelo Pai aos homens para lhes revelar e lhes comunicar as riquezas misteriosas da vida divina.

                        É na igreja que estas riquezas lhes serão ofertadas. Na mesma medida em que o evangelho é cristológico ele é também eclesial. O ministério público de Jesus, com sua pregação e seus milagres, é apresentado como uma antecipação da vida da igreja, que santificará as almas pela palavra. Por sua vez, a existência da igreja é contemplada como uma antecipação da parusia.

                        A despeito desta importante mudança de perspectiva, o Cristo do quarto evangelho não é essencialmente diferente do Cristo dos sinóticos. Certamente, João sublinha a divindade de Cristo muito mais vigorosamente do que seus precursores; mas também entre eles é por toda a parte insinuada, a tal ponto que os sinóticos ficam ininteligíveis sem esta crença. O título enigmático de Filho do Homem, verdadeiramente próprio de Jesus e que não foi divulgado pela pregação cristã ulterior, é comum nos sinóticos e em João. Somente que João insiste mais sobre a transcendência e a preexistência do Filho do Homem; tende além disso a atenuar a distância entre seu estado terrestre e sua condição gloriosa: a paixão é mantida, mas , compreendida como o começo da glorificação, não apresenta mais aqui o caráter de humilhação sublinhado nos sinóticos.

                       
                       

                       



           










































                        CONCLUSÃO


                        Mateus apresentou Jesus como o Rei que, em princípio, era dos judeus, mas estes o rejeitaram. Marcos mostrou o Jesus Servo, em toda a humildade. Lucas o apresenta como homem. Cada um desses ângulos é de fundamental importância para entendermos a revelação de Deus em Cristo. Entretanto, João ultrapassou todas essas facetas messiânicas. Ele proclamou, acima de tudo, a divindade de Cristo. Jesus é apresentado no quarto evangelho como Filho de Deus. Tal título vai além de Filho de Davi ou Filho do Homem. Cada um desses nomes apresenta uma verdade acerca do Senhor e pode também significar pontos de vista que se possa ter sobre sua pessoa. Porém, nenhuma idéia a seu respeito será completa até que ele seja reconhecido como Deus e como Senhor. Quem chega a esse ponto, alcançou o objetivo dos evangelhos, que é apresentar o Pai através do Filho.













































                        BIBLIOGRAFIA


                        INTRODUÇÃO À BÍBLIA 

                        EVANGELHOS SINÓTICOS E ATOS DOS APÓSTOLOS
                        J.Auneau  / F. Bovon
                        Edições Paulinas

                        BÍBLIA SAGRADA
                        Versão de João Ferreira de Almeida - Revista e Corrigida
                        Imprensa Bíblica Brasileira