Os Métodos, o Caráter e as Habilidades do Apóstolo Paulo
Paulo
foi um missionário sábio e dedicado. Escolhido por Deus para um ministério
específico (At 9:15). A sua vida tem sido exemplo para a igreja no cumprimento
da grande comissão (Mt 28:19; Mc 16:15).
Ele é visto por muitos como o maior missionário de todos os tempos.
Usava sempre áreas que poderiam ser alcançadas a partir de centros
estratégicos. Fazia discípulos e os encaminhava para novas frentes missionárias
em regiões e cidades distantes. Como se
verificou em Colossos, onde enviou Epafras que fundou a igreja naquele local.
Ao
fundar uma Igreja, o apóstolo Paulo a organizava com presbíteros e diáconos,
com a finalidade de dar prosseguimento à obra, após a sua partida.
Ele
procurava sempre se colocar sobre fundamentos sólidos. Quando se deslocava para
um determinado lugar para pregar, somente o fazia, com plena convicção de que
era a vontade de Deus. Muitas vezes deixou de se dirigir a determinadas
localidades, para evitar construir sobre fundamento alheio, uma vez que Jesus
já havia sido anunciado por outros pregadores (Rm. 15:20). Paulo era muito
consciente. Sua dependência do Espírito Santo se evidenciou claramente tanto
nos textos de Atos dos Apóstolos, como em suas próprias Epístolas (At 13:2-4;
16:6-7). Paulo sempre voltava às igrejas por ele organizadas, para encorajá-las
e fortalecê-las (At 15:36). Ensinava que a igreja devia estar constantemente
propagando o Evangelho.
Os
métodos, utilizados pelo Apóstolo Paulo, fazia com que alcançasse êxito em seu
ministério. Paulo usava sabiamente de todos os artifícios para ganhas vidas
para Cristo (I Co 9:19-23). Usava os grandes centros; preparava líderes;
pesquisava a situação de cada local; se identificava com as pessoas; pregava de
casa em casa; se auto-sustentava e era flexível no trato com os problemas (At
20:17-21; 33-34). Um fato muito marcante no caráter de Paulo, é que ao conhecer
determinada cultura, ele se utilizava astutamente para falar as pessoas que ele
evangelizava, como foi no caso do Aerópago de Atenas. Paulo sabia que os
Atenienses eram supersticiosos, e destacou esta particularidade, para a
introdução de sua mensagem, se utilizando inclusive do próprio título de um
santuário grego “...ao Deus desconhecido” (At 17:22-23). Muitas vezes se
utilizou do argumento de ser Cidadão Romano para se defender diante de seus
perseguidores (At 22:25-29). Ao ser
preso em Jerusalém sob a acusação de profanar o Templo, Paulo passando pelo
tribuno perguntou-lhe se era permitido dizer-lhe alguma coisa, o que causou
espanto no tribuno que não esperava que ele soubesse grego. Paulo conhecia
profundamente o grego. Logo em seguida, ele pediu para falar ao povo e falou em
hebraico (At 21:37-40). Se utilizava de uma retórica muito bem embasada nos
conhecimentos do Antigo Testamento, como profundo conhecedor da Lei que era (At
17:2, 17-19; 19:8-10; 23:6).
Paulo
não se contentava tão somente em pregar, mas também lutava pela pureza da
doutrina cristã que ele chamou de sã doutrina. Ele orientava, exortava, e doutrinava
as igrejas à luz dos ensinos de Jesus, a viverem uma vida de santidade (At
14:22-23; 20:31-36; II Cor. 11:2).
Paulo
enfrentou também, o gnosticismo incipiente que permeava as igrejas. Em
Colossos, ele enfrentou a tendência racionalista, que levava a igreja à
heresia. Estava de continuo se comunicando com as igrejas através de
correspondências com o propósito de corrigir as suas falhas e imperfeições.
Teologicamente,
Paulo, interpretou de maneira singular o significado da vida, morte e
ressurreição de Cristo. Ele pregou uma fé livre da introdução do legalismo e do
racionalismo. O autor Roland Allen, em seu livro “Métodos Missionários: os de Paulo ou os Nossos?, resumiu muito bem
a obra de Paulo: “Em pouco menos de dez anos, Paulo estabeleceu a igreja em
quatro províncias do Império: Galácia, Macedônia, Acaia e Ásia. Antes de 47 A .D. não havia igrejas
nessas províncias. Em 57 A .D.
Paulo já se reportava a sua obra nestes locais como se já estivesse totalmente
concluída. É importante notar que estas igrejas foram fundadas com tanta
rapidez e segurança, diante das dificuldades, incertezas e fracassos do
primeiro século (II Co 11:24-28). Muitos missionários realizaram obras
fantásticas para o reino de Deus. Contudo o apóstolo Paulo foi o único que,
além de estabelecer igrejas em suas diversas viagens missionárias, tinha também
o cuidado de visitá-las para ver como estavam. Ele também se comunicava com
estas igrejas e com os seus filhos na fé, como Tito, Timóteo e Filemon.
Exortava-os a zelar pela sã doutrina do Evangelho de Cristo (Gl 4:19).
O
ministério profícuo do apóstolo Paulo é um exemplo para a Igreja Cristã tanto
no passado, como no presente e no porvir. Que possamos ter a ousadia de nos
tornarmos semelhantes a ele, como bem disse: “...sede meus imitadores assim
como eu sou de Cristo” (I Co 11:1; Fil 3:17
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